Votuporanguenses relembram momentos ao lado do Rei Pelé

Alguns moradores da cidade, registraram suas histórias com o Rei do Futebol, que deixa um legado no esporte para todo o mundo

Edson Arantes do Nascimento, o conhecido Pelé, faleceu na quinta-feira (29), após uma luta contra um câncer de cólon. O Rei do Futebol, porém, vive eternamente na memória e na lembrança, principalmente, de votuporanguenses que puderam compartilhar algum momento com a maior lenda do esporte nacional.

Um dos que tiveram a oportunidade de conhecer de perto o Rei foi repórter esportivo Claudio Craveiro. Em 1973, um ano antes de Pelé pendurar as chuteiras pelo Santos, o encontro aconteceu em São José do Rio Preto, no antigo estádio “Mário Alves Mendonça”, que era casa do América Futebol Clube de Rio Preto.

“Jamais teremos no mundo um jogador de futebol como Edson Arantes do Nascimento, o Edson morreu, mas o Pelé continua vivo, o melhor do mundo”, disse Craveiro.

Eram anos de ouro para o time da cidade vizinha e todos ansiavam pela vinda de Pelé e outros grandes nomes do futebol nacional. América e Santos disputavam a Divisão Especial do futebol paulista, naquela época o time da casa figurava entre os melhores do país.

Claudio Craveiro fazia parte da equipe esportiva da extinta Rádio Piratininga de Votuporanga, que foi até Rio Preto para trazer aos seus ouvintes detalhes do jogo. O fato aconteceu em agosto, às vésperas do aniversário de 36 anos de Votuporanga e a equipe foi toda escalada para tentar pegar um alô do Rei. Minutos antes da partida iniciar, Claudião surge ao lado de Pelé.

“Beleza Pelé, Claudião da Rádio Piratininga. Aniversário de Votuporanga, deixe a sua mensagem, meu Rei”, foi o que disse o repórter na época.

Nesse momento, o árbitro da partida tentou tirar Craveiro do gramado, mas foi impedido por Pelé que disse para deixar o menino trabalhar e se mostrou solícito a entrevista. “Aos ouvintes desta rádio e a todos de Votuporanga, o meu abraço e que tenhamos um bom jogo”, disse o Rei nos microfones.

Treinado pelo Rei
Com a sua marca única e registrada. De riso fácil como o autógrafo e a selfie que jamais negou, quem também publicou lembranças com o Rei foi o atual preparador de goleiros da Votuporanguense, Fabio Lima.
Fabio é natural de São Paulo, mas mora em Votuporanga por mais de 30 anos. Ele atuou como goleiro profissional por mais de 14 anos, inclusive, foi cria da base do Santos, que foi quando conheceu Pelé.

“Hoje perdemos o maior jogador de toda história. Edson Arantes do Nascimento mais conhecido como o Rei do Futebol. Tive a honra de ser treinado e também o conhecer em 1999, quando jogava na base do Santos. Pelé, vai com Deus”, disse ele por meio de um post em suas redes sociais.

‘Viver’ o Pelé por um dia
O Rei está vivo. Na memória do votuporanguense Ailton Monteiro, mais do que a de ninguém. Ele jogou por 10 no Santos, período em que fez sua carreira no esporte e conquistou os ensinamentos mais importantes de sua vida ao lado de ninguém menos que Edson Arantes do Nascimento.

Ailton começou na base, foi durante esse período que treinava e tinha contato direto com o Rei, com treinos específicos. Foi durante esses treinos, que o jovem votuporanguense foi escolhido por Pelé para um dia que ficou marcado em sua trajetória, para ser dublê dele em um comercial para uma empresa de colchões famosa da época.

“Fiz, isso aconteceu em 1999. Passamos um dia inteiro juntos, almoçamos, passei todo esse tempo junto com o Rei. Levamos o privilégio, porque hoje repensando tudo o que aconteceu, por incrível que pareça passei um dia sendo ele e representando ele. É uma história que eu vou carregar para mim até o resto da vida. Não tem dinheiro que pague”, disse Ailton.

No comercial, Ailton aparece em uma cena de chute ao gol, de costas, vestindo a camisa 10, representando o Pelé enquanto chutava a bola ao gol. “Tivemos uma relação de amigos, de sentar, conversar, ouvir histórias e isso fica marcado para sempre”, completou.

Os ensinamentos, passavam das quatro linhas do gramado e para Ailton, muitas conversas e conselhos ficam marcados na memória. “O que fica é o sentimento de ser um pouco mais especial, porque tínhamos tratamentos diferentes. Quando ele ia cortar o cabelo no salão na frente da Vila Belmiro, no Didi, ele chamava e ficávamos por ali conversando. Isso fica na memória da gente”, finalizou.

FONTE: JORNAL A CIDADE VOTUPORANGA

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