Os números da dengue neste início de ano em Votuporanga são preocupantes. São quase 300 casos em 22 dias, segundo o Boletim da Secretaria Municipal da Saúde. A cidade já registrou uma morte, a primeira do Estado de São Paulo em 2025.
Em conversa com a reportagem do jornal A Cidade, a secretária municipal da Saúde, Ivonete Félix, destacou que a participação da população na luta contra a Dengue é crucial. Ela lembra que a cidade passou por uma epidemia da doença durante todo ano de 2024, e 2025 começou com números alarmantes, inclusive, com um óbito já registrado.
“Precisamos nos sensibilizar que a Dengue deve ser vista como algo grave e que todos, sem exceção, precisam fazer sua parte. Nós, enquanto Poder Público, estamos tomando todas as medidas que nos competem. O cidadão precisa ter em mente que o combate à proliferação do mosquito começa dentro de casa e no seu quintal”, ressaltou a secretária.
Recentemente o município apresentou novas medidas nas ações de enfrentamento à Dengue. “Estamos implantando novas medidas em nossas ações de enfretamento à Dengue e não vamos parar enquanto não tivermos esses índices diminuídos efetivamente”, garantiu o prefeito Jorge Seba.
Entre as principais medidas implantadas estão a contratação de empresa para apoio ao trabalho dos Agentes de Saúde e Endemias; autorização para aquisição e uso de drone no enfrentamento; mutirão de limpeza em reservas ambientais, praças e avenidas; e monitoramento em tempo real com aplicativo desenvolvido pela Secretaria Municipal da Saúde; Também serão realizadas atividades didáticas nas escolas; campanha de orientação e sensibilização nas mídias; implantação do Ambulatório de Dengue (dengário); e ações desenvolvidas com as empresas parceiras.
“Estamos vivendo outro perfil epidemiológico da doença, a Dengue não é mais uma doença sazonal. Podemos tirar como base que em relação ao ano passado nós já temos quatro vezes mais o número de casos. Vivenciamos a epidemia o ano todo de 2024, precisamos sensibilizar todos que a Dengue deve ser vista como algo grave. A doença pode evoluir ao óbito, principalmente nas pessoas que já apresentam comorbidades. O óbito por dengue é evitável e inadmissível”, concluiu Ivonete.
Jornal A Cidade Votuporanga
