qua, 15 de janeiro de 2025

Utilização da capacidade da indústria sobe em outubro e é a maior desde 2014, diz CNI

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Levantamento mostra que a produção também aumentou e que os estoques ficaram mais próximos do planejado.

A utilização da capacidade instalada da indústria brasileira aumentou em outubro e (UCI) atingiu o maior nível em quase 5 anos, sinalizando uma redução do nível de ociosidade e melhora no ritmo de recuperação do setor, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O índice UCI passou de 69% em setembro para 70% em outubro. Trata-se do maior patamar desde 2014. “A última vez que a UCI havia alcançado 70% tinha sido em novembro de 2014, quando registrou 73%”, destacou a CNI. Em outubro de 2013, chegou a 75%.

Já o índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação ao usual registrou 46,4 pontos, aumento de 3,5 pontos na comparação com setembro – melhor resultado desde outubro de 2013, quando o índice registrou 46,7 pontos. O índice se encontra 0,5 ponto acima do nível alcançado em outubro de 2018.

“A maior utilização da capacidade instalada é fundamental para a aceleração e continuidade da recuperação da economia brasileira, a medida que estimula novas contratações e investimentos”, afirmou a CNI.

Segundo dados do IBGE, a produção industrial terminou o 3º trimestre com alta de 0,3% sobre os três meses anteriores. Foi o primeiro avanço desde o 3º trimestre do ano passado, depois de ter recuado 0,5% no 2º trimestre, 0,4% no 1º trimestre e 1,4% no 4º trimestre de 2018.

Maior produção e ajuste dos estoques

De acordo com o levantamento da CNI, a produção do setor também aumentou frente a setembro e atingiu 55,2 pontos em outubro – maior patamar para o mês de outubro desde 2010, quando começou a série histórica.

Já o termômetro de emprego ficou em 49,5 pontos, muito próximo da linha divisória dos 50 pontos.

Os indicadores da pesquisa variam de 0 a 100 pontos. Quando estão acima dos 50 pontos mostram aumento da produção e do emprego.

O levantamento foi feito de 1º a 12 de novembro com 1.962 empresas. Dessas, 787 são pequenas, 690 são médias e 485 são de grande porte.

“A recuperação da atividade industrial segue na esteira da melhora do ambiente econômico, com juros em patamar histórico de baixa e inflação bem comportada, além da aprovação da reforma da Previdência e da gradual recuperação do mercado de trabalho. Tudo isso contribuiu para o reaquecimento do consumo””, afirma o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

Outro dado positivo de outubro foi o ajuste dos estoques. O índice de estoque efetivo em relação ao planejado caiu 0,3 ponto no mês passado frente a setembro e ficou em 51,1 pontos no mês passado, quase em cima da linha divisória dos 50 pontos. Isso indica que os estoques estão praticamente dentro do planejado pelos empresários.

As expectativas para os próximos seis meses e as intenções de investimentos também melhoraram. Todos os indicadores de expectativas ficaram acima dos 50 pontos, mostrando que os empresários esperam o aumento da demanda, da compra de matérias-primas, das exportações e do número de empregados.