Derriane, Miguel e Benício nasceram no dia 12 de maio, na Santa Casa de Araçatuba (SP). Esta foi a terceira gestação múltipla de Jaqueline Monteiro Alves, que agora é mãe de sete filhos
Os trigêmeos da moradora de Castilho (SP) que descobriu a gravidez durante o tratamento de câncer de mama tiveram alta do hospital na noite desta segunda-feira (22). Esta foi a terceira gestação múltipla de Jaqueline Monteiro Alves, agora mãe de sete crianças.
Derriane, Miguel e Benício nasceram no dia 12 de maio na Santa Casa de Araçatuba (SP). Em seguida, os trigêmeos foram internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, sendo que dois deles tiveram alta dos cuidados intensivos no dia 15 de maio.
A gravidez ocorreu depois que Jaqueline concluiu os ciclos de quimioterapia, mas prestes a fazer uma cirurgia para retirar a mama direita, acometida pelo câncer descoberto em novembro de 2021. “É um alívio [a alta médica] porque foi cansativo vir todo dia para cá [hospital]. Mas agora estamos mais tranquilos, vamos para a casa, graças a Deus”, diz Jaqueline. Além dos trigêmeos, Jaqueline e Sebastião Benedito dos Santos são pais de mais quatro filhos que nasceram em duas gestações: Lara Andressa e Lana Nicole, que agora têm 10 anos, e Laio Nicolas e Juan Ítalo, com 5 anos. “Os irmãozinhos deles estão todos mandando mensagem e dizendo que não veem a hora de ver os bebês, todo mundo contente. Agora tem que cuidar direitinho e seguir a vida”, conta Jaqueline.
A mulher considera que ter ficado grávida naturalmente ao enfrentar uma doença foi um milagre de Deus, mas admite que precisará ajustar a rotina agora que as crianças vão para casa. “É uma experiência única, eu não estava planejando ficar grávida. O foco era o tratamento e eu não via a hora de acabar isso logo, mas no lugar que eu sofri, Deus me fez feliz também”, comemora.
Caso atípico
De acordo com o oncologista clínico Fábio Veloso Alexandrino, que acompanha a paciente, a gestação de Jaqueline é considerada atípica.
Segundo ele, durante e pós quimioterapia ocorre a diminuição hormonal, que pode ocasionar infertilidade. Mesmo assim, as pacientes em tratamento são orientadas a não engravidar neste período.
“Os quimioterápicos são drogas que podem ocasionar malformações fetais. No entanto, os quimioterápicos utilizados nos tratamentos de câncer de mama são seguros após o primeiro trimestre de gestação. No caso dela deu tudo certo, o tratamento não alterou a fertilidade e os bebês nasceram bem, mas é um caso atípico”, afirma o médico.
G1