Crime aconteceu em um sítio de Mirassolândia durante uma festa de aniversário; jovem de 20 anos morreu com um tiro na cabeça
Após quase dois anos do assassinato do jovem Natan Fernando Pezolito, na época com 20 anos, a Justiça realiza nesta terça-feira, 10, o júri popular do trabalhador rural, Jonatan Júnio da Silva Santos, acusado de matar a vítima após “roleta-russa”. O crime aconteceu na madrugada do dia 22 de dezembro de 2019, no Sítio São José, zona rural de Mirassolândia. Desde o dia do crime o acusado permanece preso. Audiência está sendo realizada às 13 horas, no Fórum de Mirassol.
O agravante do crime ter sido cometido com dolo, quando o agente assume o risco de matar por motivo torpe, fútil, mediante tortura e crueldade que dificultou a defesa da vítima, foi incluído na acusação.
Um dos policiais que atenderam a ocorrência contou em depoimento que a equipe foi chamada via Central 190 a comparecer no Pronto Socorro de Mirassolândia, porque havia chegado um jovem baleado na região da cabeça.
Quando os policiais chegaram ao pronto socorro ficaram sabendo que estava acontecendo uma festa de aniversário na propriedade rural. Um outro amigo de Natan, ouvido em juízo, teria confirmado que o jovem conheceu uma moça em um rodeio e foi convidado a participar da confraternização. No dia dos fatos, além da vítima, estavam presentes na sala outras três pessoas.
Em certo momento o acusado teria pego um revólver calibre 32 e apontando contra o peito de uma das pessoas que estavam na residência, quando ele apertou o gatilho, saiu um “disparo seco”, em seguida o acusado teria feito a mesma coisa com os demais até chegar a vez de Natan, que ao ter a arma apontada para a cabeça foi atingido pelo disparo.
O magistrado não considerou que a intenção do acusado seria apenas uma brincadeira. A perícia concluiu que “a causa mortis, baseando-se nos achados, ocorreu em decorrência de traumatismo crânio encefálico e foram decorrentes à ação vulnerante de instrumento perfuro contundente – projétil de arma de fogo”.
Ao delegado, o acusado alegou que depois do almoço, foi comemorar o aniversário da irmã dele, disse que estava de mudança, bebeu muito e guardou a arma em um saco que depois seria entregue ao seu pai para que pudesse dar o destino correto, que não viu que a arma estava municiada. Diz que em momento algum afirmou algo relacionado à “roleta russa”. Tem uma filha de 4 anos e não é bandido, pois foi acidente.
Jonatan Junio responde por homicídio triplamente qualificado. A reportagem do Diário não conseguiu contato com a defesa do trabalhador rural acusado.
(Colaborou Guilherme Ramos – diarioweb.com.br)