qua, 05 de fevereiro de 2025

Terceiro envolvido em assassinato resiste à prisão e morre em confronto com BAEP

Na tarde desta quarta-feira, 5, José Guilherme Louzano Junior, de 19 anos, que estava foragido da Justiça, foi localizado por uma equipe do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) da Polícia Militar no bairro João Paulo II, na rua Moacir Martins, por volta das 16h.

Mais cedo, na manhã do mesmo dia, o delegado responsável pelo caso havia concedido uma entrevista coletiva à imprensa informando sobre as buscas pelo suspeito. Ele é acusado do assassinato de Júnia Calixto, ocorrido em 20 de agosto de 2024, no bairro João Paulo II.

Horas depois, a equipe da PM conseguiu encontrá-lo, mas ele teria resistido à prisão. Segundo relatos das autoridades, o jovem sacou uma arma e chegou a disparar contra os policiais, que revidaram. Durante a troca de tiros, José Guilherme foi alvejado e morreu no local. “O foragido ofereceu resistência à captura, sacou uma arma, chegou a disparar contra os policiais militares e, em uma aparente legítima defesa, tiveram que revidar, causando o óbito dele”, declarou o delegado presente no local do confronto.

A Polícia Técnico-Científica compareceu ao endereço para realizar a perícia criminal. O corpo de José Guilherme Louzano Junior foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passará por exames necroscópicos para a conclusão das investigações sobre a dinâmica da ocorrência.

Entenda o caso

A Delegacia de Homicídios (DH) da Divisão Especializada em Investigações Criminais (Deic) de Rio Preto concluiu as investigações sobre o assassinato de Júnia Calixto, ocorrido em 20 de agosto de 2024, no bairro João Paulo II.

O crime foi elucidado e os envolvidos identificados e indiciados. Júnia, na época com 26 anos, foi brutalmente assassinada a tiros enquanto estava com seus dois filhos pequenos. Dois homens se aproximaram dela em uma motocicleta, um deles desceu e a perseguiu, obrigando-a a colocar a filha de 2 anos no chão e soltar o filho de 4 anos que segurava nas mãos. 

Em seguida, descarregou um revólver calibre .38, recarregou arma e atirou novamente contra a vítima, que foi atingida por pelo menos sete disparos. O crime ocorreu com frieza e crueldade, na presença das crianças. As investigações revelaram que os autores tentaram usar um adolescente de 14 anos para assumir a autoria do homicídio e escapar impunes. 

Em troca, o menor receberia uma arma de fogo, uma motocicleta e dinheiro. Para sustentar a farsa, os criminosos fizeram com que ele portasse o revólver usado no crime e informaram sua localização à Polícia Militar, resultando em sua apreensão. Diante das evidências, a DH representou pela prisão preventiva dos três indivíduos. “Dois deles já estavam presos no CDP de Rio Preto por outros crimes, inclusive homicídios. O terceiro permanece foragido“, explicou o delegado André Amorim em entrevista coletiva pela manhã desta quarta-feira, 5.

O mandante e o executor do crime estão detidos, enquanto o responsável por aliciar o adolescente segue foragido, com mandado de prisão expedido contra ele. Os dois presos optaram por permanecer em silêncio durante os interrogatórios. “O menor está apreendido na Fundação Casa pelo porte ilegal de arma de fogo“, acrescentou o delegado.

Os suspeitos foram indiciados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, emboscada e para assegurar a impunidade de outro crime), corrupção de menores, fraude processual e associação criminosa. Todos possuem antecedentes e são conhecidos por envolvimento na chamada ‘guerra de bairros’ da cidade.

Danielle MOLNAR/https://jornaldhoje.com.br/

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