Crianças morreram na noite de terça-feira (2) depois de ficarem internadas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal, em São José do Rio Preto/SP. Enterro foi feito no Cemitério Municipal de Fernandópolis/SP.
Profundamente abalada, a mãe das gêmeas siamesas que morreram após ficarem uma semana internadas no HCM (Hospital da Criança e Maternidade), em São José do Rio Preto/SP, afirmou à imprensa que tenta superar a perda e que ainda não sabe a causa da morte das filhas.
As irmãs foram enterradas no Cemitério Municipal de Fernandópolis/SP, na tarde de terça-feira (2), mesma data em que o hospital confirmou o óbito. “Estamos muito abalados. Tentando superar a morte das nossas filhas. Os médicos não nos disseram nada ainda sobre a causa do óbito”, afirma Jenifer Viana, de 21 anos.
Segundo o pai das gêmeas, Maicon Douglas Ferreira da Cunha, as irmãs nasceram de 36 semanas. O fato delas serem siamesas só foi descoberto no ultrassom realizado no sexto mês.
“Descobrimos tarde que ela estava grávida e descobrimos a situação quando minha mulher tinha seis meses. Levamos um susto e não entendemos no começo. Sempre acreditei que elas iriam sobreviver. Quando eu dormia eu sonhava com elas”, diz ele.
Maicon contou que os aparelhos que ajudavam as meninas a respirar foram desligados na segunda-feira (1º), para ver como elas reagiriam. “Queria vê-las em casa. Elas são guerreiras, não tem nem palavras. Foi uma semana difícil”, afirma.
O pai das gêmeas também usou as redes sociais para agradecer o apoio que a família recebeu desde o nascimento das meninas. “Dizer obrigado, às vezes, não é suficiente para agradecer a atenção e a gentileza de todas as pessoas que nos estendeu as mãos neste momento mais difícil de nossas vidas”, escreveu Maicon em uma postagem.
Nascimento
Segundo a Santa Casa de Fernandópolis, a família da cidade estava sendo acompanhada pela equipe do Hospital da Criança e Maternidade, de Rio Preto. Contudo, como a mãe estava em trabalho de parto avançado, ela precisou ser atendida pela equipe médica da Santa Casa de Fernandópolis.
Devido ao elevado risco, segundo a unidade, foi necessária a realização de uma cesariana emergencial, que contou com a participação da equipe médica de ginecologia e obstetrícia, pediatria, anestesiologia, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e outros profissionais.
Ainda segundo a Santa Casa, o acompanhamento pré-natal não possibilitava prever se as recém-nascidas apresentariam condições de vida extra útero. No entanto, ambas permaneceram vivas por uma semana.
FONTE: Informações | G1