qua, 23 de abril de 2025

Suspeito de estupros em série preso no Pará tem DNA ligado a crimes no interior de SP, diz polícia

Polícia Civil de Rio Preto (SP) investigava o caso há quatro anos; oito vítimas reconheceram o suspeito. Suspeito tem 34 anos e foi preso em 2024.

A Polícia Civil concluiu que o material genético coletado em mulheres de São José do Rio Preto (SP) vítimas de abuso sexual é compatível com o DNA de um homem de preso no Pará, em 2024, suspeito de cometer uma série de estupros. Oito vítimas reconheceram o acusado, que foi flagrado por câmeras de monitoramento.

As investigações começaram há quatro anos, após um aumento nos registros de estupro no município do interior de SP. Segundo a polícia, os relatos das vítimas eram semelhantes – tanto em relação à aparência do suspeito, quanto no modo de abordagem.

“Ele percorria os bairros e observava a vulnerabilidade do imóvel: muro baixo, portas abertas, e ficava à espreita esperando que familiares se afastassem para o trabalho nos casos em questão. Ele entrava nessas casas, pulava a janela, ia atrás da porta, pulava o muro. Houve apenas um caso que ele surpreendeu a vítima na via pública, os demais foram todos através de violação de domicílio”, detalha a delegada Dálice Ceron, de Rio Preto.

Para abordar as vítimas, o suspeito pedia copo de água ou perguntava sobre imóveis disponíveis para alugar na região. Dessa forma, ele conseguia entrar nas residência das mulheres, onde as ameaçava e obrigava-as a ter relação sexual com ele.

Alguns anos depois, em 2024, Cleuson Ferreira de Souza, de 34 anos, foi preso ser preso no Pará, suspeito de cometer uma série de estupro.

A polícia, então solicitou um exame para verificar se o DNA do suspeito era compatível com o material genético identificado em duas vítimas, violentadas em junho de 2022, em Rio Preto.

O resultado exame apontou que o DNA de Cleuson é compatível com o material coletado nas vítimas. Ele é suspeito de estuprar oito mulheres em Rio Preto e outras quatro no Pará e no Espírito Santo.

“Ele [Cleuson] disse que percorria hospitais captando clientes para acionar seguros decorrentes de acidentes automobilísticos e se apresentava bem trajado, quase sempre bem trajado, então fugia de toda e qualquer suspeita”, complementa a delegada.

Além disso, o homem percorria sempre bairros diferentes, dificultando mais ainda um padrão para ser identificado.

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