qui, 16 de janeiro de 2025

Suspeito de cometer estupros em série e enterrar uma das vítimas viva é preso

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Investigações apontam que criminoso também possa ser o responsável por estuprar, matar e atear fogo em uma mulher; ele foi preso em São José do Rio Preto/SP.

Policiais da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de São José do Rio Preto/SP prenderam um homem de 47 anos suspeito cometer uma série de estupros em cidades da região noroeste paulista.

Em entrevista ao G1, o delegado Wander Solgon, responsável pelas investigações, afirmou que uma das vítimas chegou a ser enterrada viva e que há a suspeita de que outra mulher possa ter sido assassinada pelo criminoso. O corpo dela foi encontrado carbonizado em uma estrada rural de Rio Preto.

“Começamos a investigar o caso a partir de março. O que chamou nossa atenção foi uma sequência de estupros. Todos cometidos com o mesmo modus operandi”, diz.

Segundo Wander, o suspeito abordava as vítimas e as convencia a entrar no veículo que dirigia. Em seguida, as mulheres eram levadas para matagais ou canaviais, onde eram estupradas e agredidas com extrema violência.

“As vítimas eram bastantes iguais. Tinham o porte físico e aparência parecidos. Das quatro que identificamos, três eram profissionais do sexo”, afirma.

Extrema violência

Investigações apontaram também que uma das mulheres foi estuprada e enterrada viva em Uchoa/SP. Na época, a jovem de 22 anos foi encontrada nua, suja de terra e com ferimentos pelo corpo.

“Ela foi semienterrada pelo suspeito depois de perder a consciência, mas acordou e conseguiu pedir ajuda”, diz.

Outra vítima a sobreviver depois de ser atacada pelo criminoso foi uma auxiliar de cozinha de 27 anos. Ela foi abordada pelo suspeito em um semáforo e levada a uma plantação de cana-de-açúcar.

Depois de ser estuprada e enforcada até desmaiar, a mulher acordou, andou nua até o cemitério de Talhado, distrito de Rio Preto, e pediu ajuda ao coveiro. Em seguida, foi socorrida.

De acordo com o delegado, além de estupradas, as vítimas foram agredidas, queimadas, enforcadas e tiveram fraturas e regiões do corpo cortadas com faca.

“A investigação se desenrolou em um tempo grande, porque as próprias vítimas não conseguiam dar detalhes para a gente. Elas ficavam muito abaladas, não conseguiam descrever a pessoa para nós”, afirma.

“Acreditamos que o suspeito as abandonava nos locais do crime, porque acreditava que estavam mortas”, complementa o delegado.

Identificação do veículo

Ao G1, Wander informou que as mulheres somente se recordavam que o suspeito era um homem nego, alto e que dirigia um carro branco. O veículo utilizado nos crimes foi a chave para a polícia chegar ao homem.

“A única informação que tínhamos era o carro. As vítimas o descreviam com mais detalhes. Foi um pouco complicado pelo modelo do veículo ser um pouco comum, mas conseguimos localizar o proprietário”, afirma.

Ao conseguir uma foto do principal suspeito, policiais a mostraram às vítimas, que o reconheceram. A prisão do criminoso foi realizada na última sexta-feira (19), no bairro Ouro Verde, em Rio Preto.

O homem foi levado à delegacia, onde prestou depoimento, mas negou que tenha cometido os crimes. No entanto, as vítimas também o reconheceram pessoalmente.

“Ele está preso temporariamente enquanto a gente conclui a investigação. Acreditamos que possam haver mais vítimas”, afirma.

“Não vamos utilizar o termo serial killer, porque depende de exames médicos, uma coisa mais aprofundada. Mas é fato que ele cometeu uma série de crimes”, complementa Wander.

FONTE: Informações | g1.globo.com