Festival de música eletrônica que acontece desde a última sexta-feira (27), na “Ilha Paraíso”, que fica próximo da divisa entre Ilha Solteira/SP e Santa Fé do Sul/SP.
Dezenas de pessoas eu participantes do “Yanomani”, festival de música eletrônica que acontece desde a última sexta-feira (27), na “Ilha Paraíso”, que fica próximo da divisa entre Ilha Solteira/SP e Santa Fé do Sul/SP, lotaram os hospitais destas duas cidades, com suspeita de intoxicação.
Um ônibus, cheio de participantes do festival, chegou ao hospital na manhã desta terça-feira (31), pouco antes das 10h. A informação é que a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Santa Fé do Sul também ficou lotada.
Segundo apurou o ilhadenoticias.com, os primeiros sintomas teriam começado a surgir na noite desta segunda-feira (30), começaram a procurar uma unidade de atendimento que funciona dentro do festival.
Em pouco tempo, a procura se multiplicou e os doentes passaram a ser levados para Ilha Solteira e Santa Fé do Sul.
De acordo com reportagem da Rádio de Santa Fé do Sul, participantes relatam dor de barriga, náusea, tontura, dores de estômago e diarreia. A suspeita principal é de intoxicação pela água, não se sabe se pelo consumo ou pelo banho no local, mas não há nada confirmado por enquanto.
O Hospital de Ilha Solteira informou que um grande número de pessoas passou pelo local nesta terça-feira, mas nenhum com gravidade e sem necessidade de internação. Todos foram avaliados, orientados e tomaram medicação.
O Festival Yanomani reúne desde sexta-feira cerca de 4 mil pessoas, vindas de várias parte do país. É o maior evento de música eletrônica já realizado no local. A maioria das pessoas está acampada no local e parte produz o próprio alimento. Também há praça de alimentação funcionando durante o evento.
A ilha possui, ainda, uma prainha, bastante frequentada. Vale ressaltar que o local também sedia o “Atlântida”, outro festival de música eletrônica realizado com sucesso anualmente, mas problema do tipo nunca foi registrado.
A informação é que a água do local já estaria sendo analisada.
Organização se manifesta, fala em “fatos que não estavam previstos” e que “estava abalada com o corrido”
Nesta quinta-feira (2), em sua página oficial no facebook, a organização do festival Yanomani se manifestou pela primeira vez sobre os problemas ocorridos no evento, onde centenas de pessoas apresentaram sinais de intoxicação e tiveram que ser atendidos em hospitais de Ilha Solteira e Santa Fé do Sul.
A organização afirma que apesar de “todo o esforço para uma festa perfeita”, “aconteceram fatos que não estavam previstos” Ela relata que os primeiros casos surgiram na tarde de segunda-feira (30) e, em seguida, houve um aumento exponencial de “pacientes com sintomas de mal-estar e vômito”.
A organização garante que tomou providências para contenção e aumento da capacidade ambulatorial e afirma que todos os vetores possíveis de contaminação foram reavaliados com a ajuda de uma biomédica e outros profissionais, readequando a cozinha, revendo a análise e clarificação da água, reforçando a limpeza, entre outras medidas apresentadas pela equipe de atendimento ambulatorial.
A organização afirma que, apesar dos esforços, os casos de pacientes com mal-estar não cessaram. Por isso, ela teria investido na compra de medicamentos, contratação de mais uma equipe ambulatorial, distribuição de água mineral, isotônicos e água de coco aos pacientes e frutas, além de acompanhar ida e retorno aos hospitais da região.
A organização afirma, ainda, que os sintomas não se restringiram aos frequentadores do festival, mas também integrantes da equipes do evento. “As consequências disso é que ficamos desfalcados em várias áreas. Mas nossas equipes não pouparam esforços, dobraram jornadas de trabalhos e buscaram fazer o melhor para atende-los”, disse a organização na nota.
Ela também afirma que integrantes da equipe, que não consumiram nada da praça de alimentação ou da água potável e dos chuveiros, tampouco nadaram no rio, também apresentaram os mesmos sintomas, assim como alguns participantes que se alojaram em hotéis de cidades da região.
A organização ainda afirma que, após dois dias sem conseguir detectar o vetor principal do mal-estar generalizado, teve o conhecimento que as cidades da região “enfrentavam uma crise de atendimentos, com pacientes com sintomas parecidos” e que “hospitais já estavam em alerta devido às crises virais”. Vale ressaltar que, pelo menos em Ilha Solteira, isso não procede. “Tudo nos leva a crer em uma situação regional, pois todas as providências internas foram tomadas e não foi possível conter o aumento dos caso”, afirma a organização na nota.
A organização disse que não poupou investimentos para minimizar os efeitos dessa crise, que a produção, nos dias anteriores ao início do festival, “comeu da mesma comida, vindo dos mesmos fornecedores, bebendo da mesma água e nadando no mesmo rio” e que “nunca teve problemas com qualquer tipo de sintoma parecido”.
Os organizadores finalizam afirmando que “estão muito tristes e abalados” e “que tudo, absolutamente tudo e de todo coração que podiam fazer, foi feito”.
A nota na íntegra pode ser conferida aqui.
FONTE: Informações | ilhadenoticias.com