Em entrevista ao g1, Ronaldo Ferreira disse que foi complicado manter a calma durante a ligação com família do bebê, principalmente porque é pai de uma menina de apenas sete meses. “A gente tem que tentar manter o controle, mas é bem difícil, tendo em vista que também tenho uma filha. A cabeça fica no trabalho e em casa”, afirmou.

Os pais do recém-nascido acionaram a corporação na tarde de terça-feira (13). Um áudio obtido pelo g1 mostra a conversa entre o soldado e a família (ouça a gravação abaixo).

– Pais: “Eu preciso de apoio, tem um recém-nascido engasgado.”

– Policial: “Onde você está? Qual o endereço? A senhora está com ele?”

– Pais: “Andradina”

– Policial: “Coloca ele no braço do senhor. Coloca ele com o rostinho voltado pra baixo e inclina um pouquinho a cabeça dele para baixo. E dá umas batidinhas de leve ‘nas costinhas’ dele.” Depois de quase três minutos seguindo as orientações de Ronaldo, os pais informaram que o recém-nascido retomou a respiração.

“A manobra realizada foi a de Heimlich. A mãe ficou muito nervosa. Percebi que ela passou o bebê para outra pessoa, o pai ou o avô, não me recordo”, contou o soldado.

Apesar de o bebê ter retomado a respiração após a manobra, uma ambulância foi acionada para socorrê-lo e encaminhá-lo ao Pronto Atendimento de Andradina. Ele recebeu os cuidados necessários e pôde voltar para a casa da família no mesmo dia.

Ao g1, o soldado também disse que está na corporação há oito anos, mas que começou a atuar na Central de Operações da Polícia Militar (Copom) há apenas dois meses. “Temos que manter a postura e a calma para que os pais consigam executar a manobra da melhor maneira possível. É um sentimento de emoção muito grande em conseguir salvar uma vida”, contou Ronaldo.

Segundo o Policial Militar, é importante que as pessoas se atualizem para saber como fazer um procedimento de engasgamento, pois qualquer adulto consegue. A dica mais imprescindível é discar 193 ou 190. G1