Enfermeiros, farmacêuticos, médico estiveram em São José do Rio Preto, para palestras de atualização.
A Santa Casa de Votuporanga segue na busca por conhecimentos, especialmente sobre implantação de protocolos. Um time de enfermeiros e farmacêuticos esteve no IV Simpósio de Sepse, realizado nesta segunda-feira (9/9), no Centro de Convenções da Faculdade de Medicina de Rio Preto – Famerp, em São José do Rio Preto.
Acompanhados da gerente assistencial, Alessandra Zanovelli, e do coordenador de urgência e emergência, Dr. Chaudes Ferreira Júnior, os profissionais participaram de um cronograma com 11 palestrantes: Dra. Flávia Machado (coordenadora do Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS); enfermeira Renata Pietro; Dra. Juliana Syrio; Dra. Giulliana Moralez; Dra. Luciana Jorge; Dr. Bruno Cardoso; Dr. Rodrigo Ramalho; Dra. Natália Almeida de Arnaldo; Dr. Marcelo Villaça; Dr. Neymar Elias, e Dra. Suzana Lobo, diretora adjunta de pesquisa da Famerp.
Dr. Chaudes afirmou que o objetivo principal foi atualizar os conhecimentos. “Chamou nossa atenção a experiência da Faculdade de Medicina de Rio Preto no protocolo ILAS, com seus desafios, triagem dos pacientes, entre outros”, disse.
Com o slogan “Pode ser Sepse?”, o evento alertou sobre a importância do diagnóstico precoce e da rapidez no encaminhamento para o tratamento, além de debater casos clínicos após alta do paciente.
O médico frisou que foi apresentado protocolo como melhor estratégia, denominado “Mews”. “É considerada a melhor estratégia para identificar na enfermaria. Estaremos nos organizando para começar a implantação”, afirmou.
Ele destacou a importância do Simpósio. “É necessário participar destas qualificações para que possamos discutir com os colaboradores, treinar nossa equipe, capacitá-los. Quando se trata de mudança, é preciso estar preparado para a implantação de protocolos”, disse.
O evento
Na abertura do Simpósio, o diretor executivo da Funfarme Dr. Jorge Fares falou dos esforços da instituição no combate à sepse e da importância da capacitação dos profissionais. “Estamos empenhados e temos trabalhado para melhorar cada vez mais a prevenção e o diagnóstico precoce da sepse com ações, campanhas e eventos como esse simpósio. Contamos com o apoio de todas as autoridades neste assunto, que fazem parte de toda DRS-XV, na promoção da educação continuada”, afirmou Dr. Jorge Fares.
A Dra. Flávia Machado, da Escola Paulista de Medicina e uma das palestrantes mostrou a realidade brasileira em relação essa infecção. Segundo pesquisa apresentada no evento, feita em 2014, com 2.126 pessoas em 134 cidades, somente 7% dos entrevistados sabiam o que era sepse. Já em 2017, a pesquisa foi feita novamente e mostrou um aumento de 7 para 14% no número de pessoas que disseram conhecer a doença. “Hoje o leigo sabe quais são os sintomas de um infarto e a maioria conhece sobre, mas a sepse ainda é desconhecida pela maioria. Atualmente, a cada segundo uma pessoa morre por essa infecção generalizada no mundo, por isso, eventos como esse são tão importantes”, afirmou Dra. Flávia.
Sepse
A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. Era conhecida antigamente como septicemia, ou infecção no sangue. Hoje, é mais conhecida como infecção generalizada.
Na verdade, a infecção não se espalha por todo o corpo. Por vezes, ela pode estar localizada em apenas um órgão, como por exemplo o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta com inflamação numa tentativa de combater o agente da infecção. Essa inflamação pode vir a comprometer o funcionamento de vários órgãos do paciente.