Santa Casa de Barretos realiza o seu primeiro transplante de coração

Procedimento foi realizado em paciente de Bebedouro, com apoio da FAB.

A Santa Casa de Misericórdia de Barretos realizou o primeiro transplante de coração em seu centro cirúrgico, localizado no Anexo 1 do Hospital Nossa Senhora. A cirurgia ocorreu no dia 2 de setembro, com um paciente de 53 anos, residente em Bebedouro, que sofria de insuficiência cardíaca crônica.

O doador do coração, um homem de 43 anos, faleceu após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) no Rio de Janeiro/RJ. O receptor estava internado há mais de dois meses, e o transplante era sua única alternativa de sobrevivência.

Segundo o cirurgião cardíaco da Santa Casa, André Monti Garzesi, o receptor estava em estado grave e foi priorizado na lista da Central Estadual de Transplantes. “Recebemos a oferta de um coração compatível no dia 2 de setembro e, imediatamente, organizamos as equipes para o procedimento. Toda a operação foi realizada dentro do tempo adequado, uma vez que o coração pode ser preservado fora do corpo por até quatro horas”, explicou Garzesi.

A extração do órgão foi realizada pelo cirurgião Caio Gullo, enquanto os médicos dr. Matheus Botossi Meirelles e dr. Henrique Schiller permaneceram no hospital em Barretos, responsáveis pela preparação do receptor no centro cirúrgico. A logística de transporte dos médicos e do órgão contou com o apoio da Força Aérea Brasileira, que utilizou uma aeronave para o deslocamento até o Rio de Janeiro. A partida ocorreu às 8h, com retorno às 15h.

O procedimento envolveu uma equipe multidisciplinar composta por fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, dentistas, nutricionistas e profissionais de enfermagem, que atuaram na preparação do paciente para o transplante.

Cirurgiões Henrique Schiller, Matheus Botossi Meirelles, André Monti Garzesi e Caio Gullo.

De acordo com Garzesi, o paciente receptor está em recuperação na UTI do Anexo 1 da Santa Casa de Barretos, com evolução dentro dos parâmetros esperados, mas ainda requer cuidados intensivos. O tempo de internação previsto é de 20 a 30 dias, para monitoramento de possíveis infecções e rejeição do órgão.

Ivana Clemente Castro, diretora do Departamento Regional de Saúde (DRS V) de Barretos, destacou a relevância do procedimento para a região. “Nossa regional abrange cerca de 500 mil habitantes, e a realização de transplantes cardíacos na Santa Casa de Barretos traz alívio para pacientes que aguardam na fila de transplantes”, afirmou.

Leonardo Concon

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