Maia, que comanda a Câmara até o início de fevereiro, disse, porém, que essa decisão caberá ao futuro presidente da Casa.
Apesar de a Câmara acumular mais de 60 pedidos de impeachment contra Bolsonaro, Maia disse que não houve ambiente para dar andamento a eles nos últimos dois anos.
“Garanto que até hoje, até a questão da vacina, eu nunca tive uma pressão política e um ambiente mais forte da sociedade para fazer esse encaminhamento e colocar para pautar o tema”, afirmou “Temas mais sensíveis, como processo de impeachment, não podem ser instrumento apenas de uma decisão política solta.”
Maia destacou que as pesquisas mostram que o atraso e a resistência de Bolsonaro à vacina contra a covid-19 já afeta sua popularidade. “Acho que o principal erro de todo o governo Bolsonaro é a questão da vacina, e acho que pela questão da vacina, se ele não organizar rápido, talvez sofra um processo de impeachment muito duro”, afirmou.
“Acho que a questão da vacina está começando a transbordar para dentro do Parlamento. É uma pressão que a sociedade poucas vezes fez nos últimos anos, apenas os bolsonaristas contra o próprio Parlamento e o STF.”