qui, 16 de janeiro de 2025

Região tem seca excepcional pelo sexto mês consecutivo

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Início da primavera, nesta quarta, é esperança do retorno das chuvas

Pelo sexto mês consecutivo, a região de Rio Preto aparece como enfrentando uma seca excepcional de acordo com o Monitor de Secas de agosto, divulgado pela Agência Nacional das Águas (ANA), do governo federal, nesta terça-feira, 21, com base em dados de diversas instituições.

De acordo com a ANA, devido às chuvas abaixo da média nos últimos meses e à piora nos indicadores, ocorreu o avanço das secas excepcional e extrema na região. Os impactos são de curto e longo prazo, impactando na agricultura, na pastagem, na hidrologia e na ecologia.

O Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) é um dos que fazem o monitoramento e enviam os dados à ANA. “As últimas análises apontam que no centro-noroeste do estado (que abrange o município de São José do Rio Preto), de julho a agosto, a seca excepcional aumentou. Esse quadro abrange também parte do triângulo mineiro”, afirmou o DAEE, por meio de nota.

“A categoria ‘seca’ é feita com base no índice que mede a chuva e evaporação efetiva, baseados em dados de estações meteorológicas; de satélites e de estações hidrológicas, considerando totais e anomalias de chuvas, níveis dos rios e reservatórios e condições de vegetação”, explicou o Departamento.

E o quadro não vai mudar nos próximos dias. De acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), só deve chover em Rio Preto no próximo domingo, 26, mas não há a mesma previsão para segunda-feira, 27.

Nesta quarta-feira, 22, começa a primavera. De acordo com Thiago Guerreiro Ferreira, meteorologista do Centro de Meteorologia de Bauru (IPMet), da Unesp, ela é uma estação de transição. “A gente vai sair do período seco do inverno e transitar em direção ao período chuvoso do verão”, afirma.

Segundo ele, estão previstas chuvas dentro da normalidade, bem como a temperatura – temperatura esta que vem castigando os moradores da região. Em Rio Preto, termômetros não oficiais chegaram a marcar 44 graus. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), às 15h, registrou 40,7 graus, a mais alta do ano, e 17% de umidade relativa do ar, bem distante dos 60% preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como ideais à saúde humana.

“À medida que a gente vai andando, as chuvas ficam mais frequentes até o verão. A primavera é caracterizada por ser a estação mais quente, com maiores temperaturas, não temos muita umidade do ar.” Segundo ele, uma massa de ar quente é responsável por esse calorão dos últimos dias. Nesta quarta-feira, 22, ele se ameniza um pouco, mas voltam a subir nos próximos dias, podendo chegar a 27 graus de mínima e 39 de máxima.

Larissa Donato de Oliveira, estudante de 16 anos, foi assinar a saída do trabalho na tarde desta terça-feira, 21, e depois aproveitou para ir até o Calçadão de Rio Preto. “Já é a segunda garrafinha de água, não dá para aguentar, o calor está demais. Vou embora de ônibus e lá fica pior, é muita gente.”

Millena Grigoleti – diarioweb.com.br