Família levou o caso à Polícia Civil após o procedimento, realizado no domingo, 19; hospital lamentou a morte e disse que procedimentos foram realizados por profissionais especializados e altamente capacitados
A mãe de um bebê de apenas 11 meses procurou a polícia neste domingo, 19, para denunciar um suposto erro médico durante uma cirurgia que terminou com a morte criança no Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de Rio Preto.
A paciente é uma menina que veio com a mãe do Acre até Rio Preto para fazer o tratamento. A criança foi internada no dia 14 de julho e a cirurgia seria para corrigir o defeito do septo atrioventricular, doença que causa má formação congênita, mais frequente em crianças com Síndrome de Down.
egundo o boletim de ocorrência, um primeiro procedimento estava marcado para o dia 20 de julho, mas foi antecipado para o dia 19. Após oito horas de cirurgia, o médico responsável informou os pais da menina sobre o resultado, afirmando ter sido a “cirurgia mais difícil da vida dele”.
Cerca de 15 dias após o primeiro procedimento, a criança retornou ao hospital para fazer outra cirurgia. O médico que atendeu a criança orientou os pais que seria necessário corrigir o erro de uma válvula que ficou sobre o nervo, bloqueando a circulação do sangue pelo corpo da criança.
Nesta segunda cirurgia, no último domingo, 19 de setembro, o médico colocaria uma prótese mecânica e um marcapasso definitivo, já que a válvula colocada inicialmente estava deteriorada devido ao tempo que se passou desde primeira cirurgia, mas a família recebeu a notícia de que a menina sofreu uma parada cardíaca durante o procedimento e não resistiu.
Em nota, o Hospital da Criança e Maternidade lamentou o falecimento da menina e informou que ofereceu aos familiares toda a assistência necessária. “O hospital compreende a dor da família, no entanto, sente-se na obrigação de informar que todos os procedimentos foram realizados por profissionais especializados e altamente capacitados no atendimento e tratamento da patologia da paciente e que a equipe médica e multiprofissional adotou protocolos reconhecidos nacional e internacionalmente e de acordo com as normas ONA Nível 2, da Organização Nacional de Acreditação e Segurança do Paciente”, diz a instituoção.
Em respeito à ética médica entre o médico e paciente e a Lei Geral de Proteção de Dados a instituição se reservou ao direito de não fornecer dados sobre o procedimento realizado ou dados clínicos do paciente “O hospital ressalta, no entanto, que, caso seja solicitado por autoridades públicas, irá colaborar para o esclarecimento dos fatos sobre o atendimento e tratamento da paciente. O hospital faz questão de destacar, mais uma vez, que todos os seus profissionais ficam sempre consternados quando um paciente falece ou o caso clínico tem o desfecho que não é satisfatório. E como toda a equipe que se dedicou a cuidar da paciente”.
O caso, registrado na Polícia Civil como homicídio culposo, será investigado pelo 5º Distrito Policial após a liberação do prontuário de atendimento pelo hospital.
(Colaborou Guilherme Ramos – diarioweb.com.br)