A Polícia Civil de Votuporanga (SP) realizou neste sábado (4) a reconstituição do trágico assassinato do cantor Gustavo Caporalini, ocorrido em 25 de fevereiro. O procedimento, solicitado pelo Ministério Público como parte do inquérito policial em andamento, visa fornecer subsídios às investigações, corroborar os relatos de testemunhas e esclarecer detalhes cruciais do caso.
O crime ocorreu durante um churrasco familiar, quando Gustavo, natural de Votuporanga (SP), foi alvejado por três disparos. O agente penitenciário Rodrigo Marques, de 42 anos, teria invadido a residência da vítima sob a suposta identidade policial, desencadeando o trágico desfecho.
O tio de Gustavo, Odair Antônio Caporalini, que é policial militar, tentou intervir para proteger o sobrinho, chegando a entrar em confronto com o suspeito.
Segundo relatos do advogado da família, Carlos Silvério, no momento do ataque, Gustavo estava acompanhado de seus filhos e outros jovens presentes no evento.
A realização da reconstituição do crime coincide com um protesto organizado pela família do cantor em Votuporanga, demonstrando a persistente busca por justiça e esclarecimento dos fatos.
O caso, marcado por uma série de circunstâncias complexas, levou à indicação do agente penitenciário Rodrigo Marques como suspeito do homicídio. Segundo informações divulgadas pelo delegado Marco Tirapelli, responsável pela investigação, o crime teria sido motivado por ciúmes, supostamente relacionados a um envolvimento amoroso entre a ex-esposa de Rodrigo e o cantor.
Horas antes do crime, o agente penitenciário agrediu a ex-mulher. A Polícia Militar foi acionada para socorrer a vítima, que passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML).
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Cantor sertanejo foi morto a tiros em Votuporanga (SP) — Foto: Reprodução/TV TEM
Conforme apurado pela TV TEM, Rodrigo e a esposa estavam em processo de separação havia 40 dias. A mulher conheceu Gustavo, que também era corretor de imóveis, ao colocar à venda a casa onde morava com o ex-marido.
O suspeito foi preso preventivamente em Campina Verde (MG). Ele confessou o assassinato e foi encaminhado para a penitenciária de Paulo de Faria (SP).