ter, 15 de abril de 2025

Polícia encontra o corpo de bebê que estava desaparecida em Alagoas

A mãe da recém-nascida apresentou diferentes versões aos investigadores, que ainda não divulgaram as circunstâncias da morte

A Polícia Civil de Alagoas encontrou o corpo de Ana Beatriz, que desapareceu com apenas 15 dias de vida, no quintal da casa onde a família morava, em Novo Lino (distante 101 quilômetros de Maceió). Os agentes foram acionados pelo advogado da mãe da da criança nesta terça-feira 15 , após a mulher de 22 anos revelar onde estava a bebê.

Ainda não se sabe se a menina morreu de causas naturais ou se foi assassinada. O corpo foi encontrado enrolado em um saco plástico dentro de um pote com sabão, escondido em um armário. A Secretaria de Segurança Pública de Alagoas não informou se a mãe da criança foi presa nem se ela confessou algum crime.

A bebê estava desaparecida desde a última sexta-feira. Inicialmente o episódio foi tratado como sequestro, mas, ao longo da investigação, a mãe da criança, Eduarda Silva de Oliveira, apresentou diferentes versões à polícia.

Os investigadores tiveram acesso a imagens de câmeras e depoimentos de testemunhas que desmentiriam a versão inicial da mulher.

Ao ser confrontada pelas novas informações, a mãe apresentou ao menos quatro outras versões para o caso, segundo a polícia. Originalmente, ela alegou que a bebê foi raptada por quatro pessoas que entraram em um carro e fugiram em direção a Pernambuco. “Pegamos imagens de câmeras e ouvimos três testemunhas. Todas disseram que a mãe saiu de casa direto para a casa de uma vizinha, sem a criança, e que nenhum veículo passou em baixa velocidade pela via”, afirmou o delegado João Marcello,

Um carro que batia com a descrição feita por ela foi encontrado em Vitória de Santo Antão (PE). No porta-malas havia diferentes placas de veículos. Um homem foi preso, mas posteriormente a polícia descartou o envolvimento dele no caso.

“A última versão que ela sustenta é que dois homens encapuzados, com luvas e casacos, teriam entrado na residência. Ela teria deixado, sem querer, a porta aberta. Esses homens teriam abusado sexualmente dela, sem penetração, e em seguida teriam levado a criança”, disse à TV Globo o delegado Igor Diego, também da Dracc.

Ainda segundo o delegado, nenhuma das pessoas ouvidas, o que inclui vizinhos da família, afirma ter visto a criança entre a noite da quinta-feira 10 e a sexta-feira 11, dia do desaparecimento. Ninguém relatou ter ouvido choro da criança.

De acordo com a polícia, na quarta-feira 9 a mãe relatou a pessoas próximas que a recém-nascida estava com a barriga inchada e chorava muito. Algumas pessoas teriam feito recomendações. Entretanto, depois disso, não houve respostas sobre a saúde da bebê.

Wendal Carmo
Repórter do site de CartaCapital:

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