Criança foi ferida com, ao menos, 15 mordidas nas costas, orelhas, rosto e barriga, em Severínia/SP. Mãe do menino e monitora da creche devem ser ouvidas nos próximos dias.
A Polícia Civil de Severínia/SP instaurou inquérito para investigar a denúncia feita pela mãe de um amigo que voltou de uma creche do município com ferimentos causados por, ao menos, 15 mordidas. Um boletim de ocorrência foi registrado como lesão corporal.
A mãe procurou a delegacia da cidade para denunciar o caso na manhã de quarta-feira (20) após o filho surgir com marcas de mordidas nas costas, orelhas, barriga e rosto.
Em entrevista a imprensa, o delegado da Polícia Civil de Severínia responsável pela investigação do caso, Marcelo Pupo de Paula, afirmou que a diretora e uma professora da creche já foram ouvidas. Quatro funcionárias da unidade de ensino foram afastadas temporariamente do cargo.
“Elas disseram que a vítima e outras duas crianças estavam dormindo. As demais estavam sendo amamentadas e tomando banho. Em um momento de descuido, sem que ninguém estivesse presente no dormitório, houve o acontecido. As funcionárias estão abaladas com a situação e também afirmam que estavam olhando as crianças constantemente”, afirma Marcelo.
O delegado explica que as investigações continuarão e os próximos passos serão aguardar o laudo do IML (Instituto Médico Legal) sobre os ferimentos existentes nas crianças e ouvir as outras partes envolvidas. “Vou colher o depoimento da genitora do menino e da monitora da creche que viu a criança que estava ao lado da vítima no momento em que os ferimentos foram causados”, diz Marcelo.
Susto
A mãe afirma que recebeu um telefonema da creche, local que o menino frequentava há oito meses, dizendo que o filho estava machucado porque uma criança o mordeu. Ela conta que trabalha em Olímpia/SP, cidade vizinha a Severínia, e por isso pediu para que a irmã fosse buscá-lo.
“Eu não conseguia nem imaginar o que era. Quando minha irmã me mandou fotos, eu fiquei sem perna. Queria ver meu filho, queria ele do meu lado. Não me conformo. Estou chocada com a escola. Inexplicável”, disse a mãe.
A tia da criança alega que as funcionárias da creche não souberam explicar o que aconteceu com o menino. Elas apenas disseram que o bebê estava no berçário com outras duas crianças.
“Eu não tive nem reação. Assim que eu o vi, não acreditei, parecia que tinha sido espancado. O rosto dele estava inteiro inchado. Quem falou comigo foi somente a secretária de Educação, mas não teve explicação alguma”, contou a tia.
A Secretaria de Educação informou à imprensa que oito monitoras trabalham na creche e que quatro estavam na hora em que o menino foi mordido. Ela também disse que as professoras estavam transferindo as crianças do berçário pra uma outra sala, quando o menino teria sido atacado por uma das duas crianças que estavam com ele, sem que elas percebessem.
A mãe diz querer uma explicação sobre o que aconteceu com o filho e pede que as funcionárias sejam responsabilizadas por não terem evitado a situação.
“Eu quero que seja esclarecido. Quero imagens de câmeras e tudo. Não me conformo até agora por saber que tinham monitoras no momento e que não ouviram o choro. Não culpo as crianças que fizeram isso, porque são inocentes, mas as funcionárias terão de pagar”, disse a mãe.
FONTE: Informações | G1/TV TEM