“Agente escolar homem dando banho em bebê pode ser legal, mas é imoral”, dizia uma das faixas exibidas pelas mães durante a sessão da Câmara, em Araçatuba/SP.
A polêmica envolvendo a atuação de homens na rede municipal de ensino de Araçatuba/SP chegou na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).
A deputada Janaína Paschoal (PSL), comentou a decisão da Prefeitura de Araçatuba e da Câmara Municipal, que aprovou o que os agentes escolares têm, entre outras funções, a responsabilidade de dar banho, limpar e trocar fraldas de bebês.
O caso gerou revolta e protestos de mães que utilizam o serviço público na internet. Muitas delas foram até o Legislativo, na sessão da última segunda-feira (9), para protestar contra os vereadores.
“Agente escolar homem dando banho em bebê pode ser legal, mas é imoral”, dizia uma das faixas exibidas pelas mães durante a sessão.
Segundo a deputada, a medida é preocupante e pode passar um constrangimento desnecessário: “É óbvio que existem pessoas boas e más, do sexo feminino e masculino (…) ninguém está dizendo que um profissional por ser homem vá cometer algum tipo de maldade com as criancinhas e ninguém está dizendo que o fato de a profissional ser mulher garanta que alguma coisa errada também não possa acontecer. O problema é que as mães estão agoniadas porque não se sentem confortáveis em ter um homem limpando os seus bebês”, disse.
O cargo de agente escolar foi criado em 2017. Atualmente, 38 agentes escolares do sexo masculino atuam nas escolas de educação infantil. Ao todo, 43 profissionais homens fazem parte da rede, que possui 39 escolas e mais de 7 mil crianças.
A Prefeitura de Araçatuba afirma que as tarefas são planejadas e desenvolvidas por pedagogos e que contam com auxílio dos agentes escolares, ou seja, há sempre mais de um profissional no mesmo ambiente.
FONTE: Informações | SBT Interior