Vídeo polêmico foi gravado durante uma pescaria no ano passado; vereador Carlos Alberto da Silva (PSB), alegou ser “brincadeira”.
Na Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Nova Castilho/SP, realizada na noite de quarta-feira (6), ficou definido o afastamento do vereador Carlos Alberto da Silva (PSB), ex-presidente da Casa Legislativa, acusado de quebra de decoro parlamentar. Foram cinco votos a favor e três contrários ao afastamento.
A decisão surge meses depois da circulação de um vídeo nas redes sociais, gravado no ano passado, que durante uma pescaria, em que o próprio vereador “brinca” com amigos e insinua ter pago “notas frias” com dinheiro da Câmara Municipal.
Desde então, pedidos de afastamento de Carlos Alberto da Silva foram protocolados, mas como ele presidia à Casa até o final de 2018, sempre arquivava as denúncias. No entanto, com a decisão do plenário da Câmara, os vereadores nomearam a comissão processante que agora tem 60 dias para apurar os fatos, ouvir as testemunhas e apresentar parecer pedindo ou não a cassação do mandato.
Para o lugar de Carlos Alberto da Silva, assume a suplente Marlene Martins, (PTB). Procurado pela reportagem, o vereador informou estar sendo vítima de perseguição política. “- Minha defesa vai ingressar com um mandado de segurança, pedindo a anulação da sessão, pois houve uma afronta ao regimento interno. Na esfera judicial, este processo já foi arquivado, pois o próprio Ministério Público, em agosto do ano passado, entendeu que foi apenas uma brincadeira da minha parte, como realmente foi”, completou.
A polêmica causada pela gravação em que aparece Carlos Alberto da Silva dizendo que estava custeando o churrasco durante à pescaria com recursos do contribuinte, gerou revolta nos moradores da pequena cidade de pouco mais de mil habitantes.
No áudio é possível entender: “- Isso aqui (peças de picanha), Carlão, eu comprei com dinheiro público”. O vereador também diz ter comprado uma propriedade rural, com 20 alqueires, também com desvios de dinheiro da Câmara. “- E tem mais três anos ainda”, lembra, dando a entender que a pratica ilícita continuaria.