O pior mês 1
O mês de julho sozinho concentrou mais de 67% de todos os casos de Covid-19 de Rio Preto. No dia 1º, o município tinha 2.848 registros de infectados pelo novo coronavírus. Nesta quinta (30), a cidade atingiu a marca de 8.883 doentes, ou seja, 661 nos últimos 30 dias. O número de mortes saltou de 83 para 236. E o de trabalhadores da saúde contaminados passou de 539 para 1,2 mil.
O pior mês 2
Ao acrescentar a região de Rio Preto nos dados de casos e mortes por Covid-19, o mês de julho também é o pior. Foram quase 14 mil pessoas infectadas e 369 mortes. No total, desde o começo da pandemia em março, a região de Rio Preto chega no final de julho com mais de 21 mil casos confirmados da doença. E quase 600 pessoas perderam a vida até o momento.
Variáveis
Os números de casos e mortes compõem apenas uma parte das variáveis consideradas pelo governo do Estado. Mas a ocupação de leitos, outro fator que sempre foi considerado uma vantagem da região, também virou há algum tempo problema, apesar das vagas que estão sendo criadas semanalmente pela Secretaria da Saúde de Rio Preto e também por prefeituras da região.
Ocupação
Nesta quinta, a ocupação de UTI da Santa Casa, que oferece 36 leitos a pacientes de Rio Preto, estava em 95%. No Hospital de Base, referência para o município e outras 107 cidades da região, 104 dos 117 leitos de UTI estavam ocupados. A UPA Jaguaré tinha 29 dos 35 leitos com pacientes. A ocupação do Hospital de Jaci, com 10 UTIs, não foi informada. Nas enfermarias, a situação é mais tranquila.
Internações
Outra amostra do quanto a situação se agravou na região em julho está justamente no volume de internações do Hospital de Base, para onde as cidades menores mandam os pacientes que desenvolvem versão mais grave da doença. Foram 70 internações em maio no HB. Junho registrou 215 hospitalizações. Julho somou 534 internações até o dia 29.
Risco é grande
E é com esses números dramáticos que a região aguarda o anúncio semanal, nesta sexta (31), de reclassificação do Plano São Paulo, que estabelece o nível de flexibilização da economia. Nos bastidores, o risco de uma regressão para a Fase 1 (vermelha) é considerado grande, segundo fontes ouvidas pelo DLNews. Pelos números, só uma “forcinha politicamente divina” pode manter a região, que bateu na trave na semana passada, no laranja. O secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi (PSDB), afirmou que a troca de cor no mapa pode, sim, ocorrer.