qui, 16 de janeiro de 2025

PGR designa três procuradores para acompanhar depoimento de Moro

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Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública será ouvido pela PF em inquérito que apura acusações dele contra Bolsonaro. STF deu prazo de 5 dias para Polícia Federal ouvir Sergio Moro.

A Procuradoria Geral da República (PGR) informou nesta sexta-feira (1º) ter designado três procuradores para acompanhar o depoimento do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro.

Moro pediu demissão do cargo na semana passada e, ao anunciar a saída, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal ao trocar o diretor-geral do órgão. Bolsonaro nega.

Diante das declarações, a PGR pediu, e o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de um inquérito para investigar o que disse Moro.

Inicialmente, o ministro Celso de Mello deu 60 dias de prazo para a Polícia Federal ouvir Sergio Moro. Nesta quinta (30), porém, o ministro atendeu a um pedido de parlamentares e reduziu o prazo para 5 dias.

O depoimento de Moro ainda não tem data marcada. Em entrevista à revista “Veja”, o ex-ministro da Justiça afirmou que entregará ao STF as provas do que disse sobre Bolsonaro.

Segundo a PGR, acompanharão o depoimento os seguintes procuradores:

  • João Paulo Lordelo Guimarães Tavares;
  • Antonio Morimoto;
  • Hebert Reis Mesquita.

O ministro Celso de Mello, relator do caso no STF, aceitou a indicação dos três procuradores para o caso.

Troca de mensagens

Quando anunciou a saída do Ministério da Justiça, Sergio Moro mostrou ao Jornal Nacional uma troca de mensagens entre ele e Bolsonaro.

Nas mensagens, Bolsonaro envia a Moro um link de uma reportagem do site O Antagonista, segundo a qual a PF estaria “na cola” de deputados aliados do governo.

Bolsonaro, então, diz a Moro que este seria “mais um motivo para a troca” do então diretor-geral da PF, Mauricio Valeixo.

Na ocasião, conforme as mensagens, Moro informa a Bolsonaro que o caso está no Supremo Tribunal Federal e que as investigações foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes.

FONTE: Informações | g1.globo.com