Em uma coletiva com a imprensa, delegados da Polícia Federal, Polícia Civil e do promotor de Justiça de Jales, responsáveis pela deflagração de um suposto esquema de Pirâmide Financeira, com sede em Santa Fé do Sul, deram detalhes do modo operante da empresa BG & CRED de Eduardo Bercelli.
Segundo os delegados Giovani Celso Agnoletto (Federal), Jackson Gonçalves (Federal), Higor Jorge (Delegado Policia Civil) e Felipe Bragantini de Lima, Promotor de Justiça Estadual, o empresário capitava dinheiro no mercado pagando altos juros, acima do que as Instituições financeiras pagam.
O que chamou atenção da PF, na investigação prévia era de que o Empresário Eduardo Bercelli, não tinha nenhum lastro Financeiro para poder arcar com este pagamento de juros altos de 5 ou 6% de rendimento e, ao mesmo tempo, investia nas mídias sociais de propaganda intensa, se intitulando empresário de sucesso, com apenas 25 anos de idade e milionário, que sabia investir o dinheiro, levando as pessoas a cada vez mais procurar por sua Empresa BG & Cred, para que pudessem investir o seu dinheiro.
Eduardo Bercelli começou com três empresas, e em apenas seis meses, Posteriormente abriu mais nove mesmo ramos em outras seis cidades do interior de São Paulo, no intuito de captar cada vez mais recursos.
O dinheiro que entrava Eduardo pagava os juros dos investidores, mas segundo a PF, a maior parte ele gastava no investimento em bens, viagens, imóveis, festas e ostentação. Estima-se que tenha levantado nessas operações mais de R$ 100 milhões de reais.
Com relação aos eventos que estavam marcados para acontecer onde Eduardo Bercelli era o promotor, como a inauguração de um restaurante as margens do Rio Grande, deverão ser suspensas, até mesmo o terreno “doado” ao Empresário deve ser alvo de investigação pelo MPE.
Os eventuais prejuízos dos investidores também devem seguir um cronograma conforme declarou o Promotor de Justiça, Felipe Bragantini de Lima.