Advogado de defesa da instituição nega a existência do esquema fraudulento. Entre as pessoas presas estão o reitor da universidade.
Na tarde desta segunda-feira (9), a Polícia Federal de Jales/SP retornou ao campus da Universidade Brasil, em Fernandópolis/SP, para apreender novos documentos.
A instituição foi alvo da Operação Vagatomia, que investiga uma organização criminosa suspeita de vender vagas e cometer fraudes no Fies, Prouni e Revalida.
De acordo com a PF, equipes policiais estiveram no local para recolher papeis que tinham sido solicitados pela polícia na semana passada e foram entregues pela direção da Universidade Brasil. A maioria é relacionada aos contratos de alunos com o Fies.
Durante a operação deflagrada na terça-feira (3), vinte pessoas foram presas. No sábado (8), a Justiça Federal prorrogou por mais 5 dias a prisão de 11 suspeitos. Dois investigados com mandado de prisão expedido seguem foragidos.
Entre as pessoas presas estão o empresário e reitor da universidade, o engenheiro José Fernando Pinto Costa, de 63 anos, e o filho dele, Stefano Bruno.
Ambos são apontados pela polícia como chefes da organização. Segundo a PF, eles utilizavam o dinheiro obtido nas fraudes para comprar jatinhos, helicópteros e imóveis de luxo. As vagas eram compradas por até R$ 120 mil.
O MPF (Ministério Público Federal) pediu a instauração de um inquérito policial para apurar a responsabilidade de servidores do MEC (Ministério da Educação) suspeitos de terem omitido informações para contribuir com as fraudes.
Os documentos apreendidos foram levados para a delegacia da Polícia Federal de Jales e vão ser analisados assim como os que foram apreendidos anteriormente.
O advogado de defesa dos donos da universidade disse que eles responderam todos os questionamentos do Ministério Público e que, até o momento, não existem elementos que apontem que os donos tinham conhecimento das fraudes. A universidade afirma que está à disposição da polícia para prestar esclarecimentos.
FONTE: Informações | G1