Defesa do acusado quer saber o local exato onde a jovem estava sentada quando foi atropelada e morta
A pedido da defesa, a Polícia Técnico Científica realiza na manhã desta terça-feira, 18, a reconstituição do acidente que matou a jovem Estefany Ferreira Medina, em janeiro, na saída de uma festa em Cedral.
A vítima estava sentada em uma estrada que dá acesso a um conjunto de chácaras quando foi atingida por um Astra conduzido por João Pedro Silva Alves.
Ele fugiu do local do acidente, mas foi localizado em casa e preso.
Solto no mês de maio por decisão do Superior Tribunal de Justiça, João foi a única pessoa a participar do procedimento.
“Solicitei que tanto os amigos que acompanhavam Estefany quanto os passageiros que estavam no carro do meu cliente participassem, mas ninguém compareceu”, disse o advogado Juan Siqueira.
O objetivo da defesa, segundo ele, é apurar o local exato onde a vítima estava sentada e, se da posição, o motorista teria condições de visualizá-la.
“Era fim de festa e muitas pessoas caminhavam em direção à rodovia. O João não tinha como enxergar que, no meio do fluxo, havia alguém sentada no meio fio”, disse o advogado.
O delegado de Cedral, José Rubens Macedo Paizan acompanhou a perícia. Ele foi procurado pelo Diário, mas não quis se manifestar.
Estefany morreu por politraumatismo. Laudo necroscópico aponta que ela fraturou os dois braços e seis ossos da costela.
João foi denunciado por homicídio duplamente qualificado (por surpresa e meio cruel), e lesão corporal leve dolosa, contra uma amiga de Estefany que conseguiu desviar do carro.
Para Juan, a conduta se enquadra como homicídio culposo na direção de veículo, crime do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que prevê até oito anos de reclusão. Já o homicídio qualificado tem pena que varia de 12 a 30 anos.
Fonte: https://www.diariodaregiao.com.br/cidades/peritos-realizam-reconstituic-o-do-atropelamento-de-estefany-medina-em-cedral-1.1254216
Joseane Teixeira