qua, 15 de janeiro de 2025

Operação contra suposto esquema de sonegação por distribuidoras de remédios cumpre mandados na região

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Equipes estiveram em São José do Rio Preto/SP, Olímpia/SP e Cedral/SP. Investigação aponta que as fraudes causaram um prejuízo de R$ 10 bilhões aos cofres públicos nos últimos seis anos.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Receita Federal e Secretaria Estadual da Fazenda cumpriram nesta quinta-feira (1º) mandados de busca e apreensão em três cidades da região noroeste paulista durante a operação Monte Cristo.

A ação investiga um suposto esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro envolvendo cinco grandes distribuidoras de medicamentos, além de duas redes varejistas e uma associação nacional de distribuidoras de remédios.

De acordo com o Ministério Público de São Paulo, a investigação aponta que as fraudes causaram um prejuízo de R$ 10 bilhões aos cofres públicos nos últimos seis anos.

Em Olímpia, as equipes cumpriram um mandado de busca e apreensão em uma distribuidora de medicamentos e outros em cinco endereços.

Em São José do Rio Preto, foram cumpridos dois mandados. Já em Cedral/SP, as equipes procuraram documentos que comprovassem a sonegação de impostos em um endereço.

Durante a operação, também foram cumpridos 88 mandados em empresas e na residência de pessoas ligadas aos esquemas nos estados de Goiás e Minas Gerais, na capital paulista, em cidades da Grande São Paulo e nas regiões de Ribeirão Preto, Marília, Piracicaba e Campinas.

Fraudes e lavagem de dinheiro

Segundo o MP, a investigação começou em 2017 com a deflagração da 1ª fase da Operação Monte Cristo, que tinha como alvo a rede de farmácias Farma Conde, com lojas na região do Vale do Paraíba.

Na ocasião, foram assinados acordos de colaboração premiada com alguns dos investigados, que renderam confissões e pagamentos de débitos fiscais estaduais e federais no valor de R$ 340 milhões.

Os colaboradores delataram a participação das distribuidoras Medicamental, Navarro, Dismed, Divamed e Mais Bella, de duas redes varejistas, a Bifarma e a Campeã, e da Abradilan, Associação Brasileira de Distribuição e Logística de Produtos Farmacêuticos, todas alvos da operação desta quinta (1°).

Aos investigadores, os colaboradores revelaram que as empresas implementaram mecanismos de fraude fiscal com a aquisição de produtos de uma companhia sediada em Goiás.

Também era feita a utilização de distribuidoras paulistas de medicamentos atacadistas. Algumas dessas distribuidoras eram de fachada e assumiam a função de recolher o ICMS devido por antecipação tributária na entrada da mercadoria em território paulista.

O objetivo da fraude era obtenção de vantagem ilícita ao grupo, com a diminuição do custo final dos produtos.

FONTE: Informações | g1.globo.com