Redução de 3,88% anunciada pela Petrobras na quinta-feira começa a valer a partir desta sexta nas refinarias e deve refletir na bomba
Um dia após lançar uma diretriz para a política de preços dos combustíveis da companhia, dando maior poder ao Conselho de Administração, a Petrobras anunciou nesta quinta-feira, 28, a queda R$ 0,15 no preço do litro da gasolina nas suas refinarias a partir desta sexta-feira, 29. A estimativa é de que esse corte no valor seja de R$ 0,11 nas bombas de combustíveis.
Trata-se da segunda redução de preços feita na gestão de Caio Paes de Andrade. A redução anterior foi no último dia 19, da ordem de 4,9% o que, segundo a Petrobras, chegaria a R$ 0,20 por litro. Dessa forma, a redução acumulada no período é de 8,78%.
O novo preço será de R$ 3,71 por litro, 3,88% abaixo dos R$ 3,86 que vigorava desde a última redução, há nove dias. Antes da queda, o preço estava 2% acima dos preços internacionais, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
Em Rio Preto, os preços da gasolina variam de R$ 5,27 a R$ 5,99, conforme pesquisa publicada pelo Diário na última terça-feira, 26.O preço do diesel se manteve inalterado, apesar dos apelos públicos do presidente da República, Jair Bolsonaro, para que a empresa reduza também o combustível.
Segundo a Abicom, o litro do diesel está sendo comercializado no Brasil em média com preço 2% acima do mercado internacional, e poderia haver uma queda de R$ 0,10 por litro para atingir a paridade. Em Rio Preto, o óleo diesel varia de R$ 7,19 a R$ 7,99, também conforme pesquisa realizada pelo Diário nesta semana.
“Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, informou a Petrobras em nota.
Diretriz
Na quarta-feira, 27, o conselho de administração da Petrobras aprovou uma proposta que garante ao colegiado maior poder para supervisionar a política de preços da estatal. A decisão é tomada em um momento em que o governo tenta emplacar novos conselheiros, mais alinhados com o presidente Jair Bolsonaro.
Apesar de a medida dar mais voz ao conselho no tema, a decisão final sobre a necessidade de reajustes permanece com a diretoria executiva. Um dos objetivos da proposta era dar visibilidade e formalizar práticas, que antes eram adotadas informalmente pela diretoria, como apresentação de relatórios trimestrais sobre eventuais reajustes nos combustíveis.
Agência Estado