Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, falou à imprensa após participar de reunião do grupo de trabalho criado para analisar o pacote anticrime.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que poderá “incorporar” o pacote anticrime que já tramita no Senado. O projeto da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) é idêntico ao apresentado pelo governo federal à Câmara. Sua tramitação no Senado busca acelerar a discussão do tema no Congresso, uma vez que os deputados têm priorizado a reforma da Previdência.
“- Se o Senado votar antes, não tem problema. Incorpora aqui e logo em seguida vota no plenário da Câmara. Se a Câmara votar antes, o Senado continua seu trabalho depois. Não tem conflito entre o Senado e a Câmara”, disse Maia. Ele acrescentou, inclusive, que a própria senadora o consultou antes de tomar a iniciativa.
“- Eu disse que não (haveria problema), que o projeto era importante, que o tema era importante. Se o Senado votar na frente, ótimo. A gente vai continuar nosso trabalho, vai ajudar a gente a avançar o mais rápido possível. (O debate nas duas casas) é bom, vai inclusive construindo consenso”.
Maia esteve em uma reunião do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, com o grupo de trabalho do pacote anticrime, na Câmara. Maia deixou o local após a apresentação do ministro, antes dos debates sobre o assunto. Moro saiu cerca de uma hora depois.
O pacote apresentado pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) é, assim como o que está na Câmara, composto de três projetos. O primeiro, relatado por Marcos do Val (Cidadania-ES), propõe alterações nos códigos Penal e de Processo Penal; outro tipifica o crime de caixa 2 no Código Eleitoral, e será relatado por Marcio Bittar (MDB-AC).
O terceiro projeto do pacote determina que o julgamento de crimes comuns relacionados às eleições seja feito pela Justiça comum, inclusive o de caixa 2. Esse último será relatado por Rodrigo Pacheco (DEM-MG).