Davi Izaque Silva foi denunciado por homicídio qualificado por motivo torpe, crueldade, feminicídio e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de tentativa de ocultação de cadáver. Corpo de Thallita Fernandes foi encontrado pela polícia no dia 18 de agosto de 2023.
O namorado da médica Thallita da Cruz Fernandes, encontrada dentro de uma mala em um apartamento, vai a júri popular nesta terça-feira (22), às 13h30, no Fórum de São José do Rio Preto (SP).
Davi Izaque Martins Silva, de 29 anos, foi denunciado pelo Ministério Público (MP) em setembro de 2023, com base no indiciamento da Polícia Civil, por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, à traição e feminicídio. A denúncia ainda atribuiu ao acusado a tentativa de ocultação de cadáver, tipificação aceita pela Justiça. A determinação do júri popular foi publicada no Diário Oficial da Justiça em 16 de junho de 2024.
O MP prevê pena máxima para o acusado, que é de 30 anos de prisão. A determinação pelo júri popular é do juiz Eduardo Garcia Albuquerque, da 4ª Vara Criminal. O g1 tenta contato com o advogado de defesa de Davi Izaque.
À época, o inquérito foi concluído pelo delegado responsável pelo caso, Alceu Lima de Oliveira, por meio da Divisão Especialização em Investigações Criminais (Deic).
As investigações apontaram que a médica Thallita Fernandes, de 28 anos, foi esfaqueada no início da manhã do dia 18 de agosto de 2023, logo depois que o acusado chegou ao apartamento. Davi está preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto.
Segundo o boletim de ocorrência, foi a mãe de Thallita, que mora em Guaratinguetá (SP), quem notou o desaparecimento da filha e pediu para que uma amiga da vítima fosse até o prédio onde ela morava, no bairro Redentora, em Rio Preto.
Ainda de acordo com o BO, o apartamento de Thallita, localizado no 3º andar, estava trancado. Por isso, essa amiga acionou a polícia. O corpo da vítima foi encontrado nu, na lavanderia do apartamento, dentro de uma mala.
A vítima apresentava muitos ferimentos no rosto provocados por faca. Após a perícia, o Instituto Médico Legal (IML) apontou que Thallita morreu por hemorragia aguda.