Os golpistas mantiveram a rotina de fazer novas vítimas e retirar dinheiro delas praticamente todos os dias em Rio Preto. Somente nesta quarta-feira ( foram registrados quatro boletins de ocorrência por estelionato. Os golpes aplicados vão desde a produção de sites falsos de empresas até venda de televisão, passando pelo já ‘famoso’ golpe do ganho fácil, em que a pessoa deposita um valor achando que vai receber bem mais dinheiro posteriormente.
Todas as vítimas desses casos são mulheres, que no dia delas (ou pelo menos na data do registro da queixa), acabaram enganadas. De acordo com o BO, o primeiro caso ocorreu por volta de 13h45 no bairro Bosque da Felicidade. A vítima, de 30 anos, disse na Central de flagrantes que após visualizar no Facebook um anúncio de ‘investimentos com ganhos rápidos’, entrou em conta com a suposta anunciante.
Após tratativas, realizou um depósito de R$ 419 com a promessa de que receberia de volta um retorno de R$ 1,1 mil. O valor foi depositado em uma chave Pix referente a um nome feminino (pessoa física).
Assim que efetuou o Pix, a vítima foi bloqueada pelos criminosos nas redes sociais e ainda por cima descobriu depois que o perfil do Facebook que fez o anúncio havia sido clonado. O delegado de plantão determinou o registro do BO, encaminhado para a delegacia correspondente a área dos fatos, onde será investigado.
Golpe 2
A segunda vítima, esta de 36 anos, moradora do Parque São Miguel, relatou na delegacia que acessou um site (que descobriu tarde demais ser falso) de uma rede de lojas de móveis e eletrodomésticos por volta de 18h50, com intuito de comprar um fogão, anunciado por R$ 293,39.
Após finalizar a compra, realizou o pagamento via Pix em chave referente a nome feminino, sendo de novo caso de pessoa física em que a vítima não desconfiou de nada e pagou mesmo assim.
No dia seguinte, no entanto, ao tentar rastrear o pedido, a mulher descobriu que este não existia. Ao ligar na empresa, foi informada que o CNPJ que ela recebeu não pertence a loja. A partir daí, teve certeza de ter caído em um golpe.
O delegado de plantão determinou a instauração de inquérito policial para apurar os fatos e encaminhou o documento para a delegacia correspondente a área dos fatos, onde os acontecimentos serão investigados.
Golpe 3
Nesse terceiro caso, houve envolvimento mais uma vez da rede social Facebook. Uma mulher de 30 anos, moradora do bairro Cristo Rei, de acordo com o boletim de ocorrência, declarou na Central de Flagrantes que, no período da tarde, viu um link do ‘Market Place’ com um anúncio de uma TV no valor de R$ 500.
Ela interessou-se pela compra do produto e entrou em contato com a suposta anunciante. A ‘vendedora’ contou a ela uma história de que “a televisão estava na casa de uma outra mulher, porque esta lhe devia dinheiro. Sendo assim, a vítima poderia comprar direto com ela, só que o Pix tinha ser feito para a conta da suposta anunciante”.
A mulher, outra que não desconfiou de nada, foi até a referida casa, viu o aparelho e ainda confirmou com a terceira envolvida se o pagamento seria para a ‘vendedora’ e recebeu a confirmação que sim.
Mas como não caiu nenhum dinheiro na conta da pessoa que estava com o televisor, o que deveria ter sido feito pela golpista, ela desconfiou e não entregou a TV para a vítima. Este é um golpe comum, normalmente utilizado com anúncios clonados de compra e venda de veículos.
Após prestar depoimento e registrar a queixa, a mulher de 30 anos foi orientada quanto ao prazo de seis meses que tem para processar a estelionatária, tempo este que só passa a contar quando a mesma for devidamente identificada.
O delegado de plantão determinou a instauração de inquérito policial para investigar e enviou o material para o Distrito Policial correspondente a área dos fatos, onde o caso será apurado.
Golpe 4
O último registro do dia ocorreu na Boa Vista (em hora incerta), vitimando uma mulher de 25 anos. Ao menos, neste caso, o prejuízo foi relativamente baixo. A vítima foi até a delegacia e registrou queixa por ter um cartão bancário extraviado. Além disso, algum desconhecido encontrou o objeto e efetuou vários pagamentos com ele, já que somente é necessário aproximação e nenhuma senha no momento das compras.
Segundo a mulher, os valores gastos pelo criminoso somaram um total de R$ 70,30. Ela foi orientada quanto ao prazo de seis meses que tem para processar o envolvido, tempo este que só passa a contar quando – e se – ele for devidamente identificado.
O delegado de plantão determinou a instauração de inquérito policial para que o caso seja investigado e encaminhou os documentos à delegacia correspondente a área dos fatos, onde será iniciada a investigação.
Gazeta de Rio Preto