Crime contra vítima de 13 anos foi filmado pelos alunos suspeitos, em Votuporanga. Boletim de ocorrência por estupro de vulnerável foi registrado
O sentimento da família do estudante de 13 anos diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), vítima de abuso sexual na escola, é de revolta. O caso ocorreu no dia 26 de setembro, em Votuporanga (SP).
Segundo o delegado responsável pelo caso, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), alunos da escola levaram o adolescente para um banheiro e cometeram o crime, que foi filmado pelo grupo.
Ao g1, a mãe da vítima relatou que procurou a escola, delegacia e Santa Casa assim que soube do crime.
“Mesmo depois disso, ele está do mesmo jeito. Ele tem a cabeça de uma criança de cinco anos, então para ele é uma brincadeira e não tem noção do que aconteceu. Mas eu vi o vídeo, não foi uma brincadeira. Arrancaram a roupa dele, puxaram o cabelo”, contou. “Não estou mandando ele para a escola, inclusive estou vendo de mudar. Não gostei nada do que vi. Fiquei revoltada, com raiva, porque não consegui fazer nada na hora. […] Foram cenas desagradáveis.”
O menino passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e o delegado aguarda o laudo para prosseguir com a investigação. Um boletim de ocorrência por estupro de vulnerável foi registrado.
A Secretaria Estadual de Educação informou que suspendeu os alunos suspeitos de cometer o crime e afastou a direção da escola.
Conforme a Educação, uma apuração está em andamento na Diretoria de Ensino de Votuporanga, que pode resultar em sanções administrativas aos funcionários envolvidos. Os pais também foram convocados para uma reunião. A Educação também lamentou o ocorrido e disse que vai intensificar ações de inclusão e mediação com os estudantes e a equipe escolar por meio do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP).
“O aluno poderá realizar atendimento pelo Programa Psicólogos na Educação, se autorizado por seus responsáveis. A Pasta e Diretoria de Ensino de Votuporanga seguem à disposição das autoridades e comunidade para mais esclarecimentos”, finaliza a nota.