qui, 16 de janeiro de 2025

Mulher de 53 anos acusa namorado de mantê-la em cárcere privado

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A Polícia Civil de Rio Preto vai investigar a denúncia de uma mulher de 53 anos que acusou o namorado, de 44, de mantê-la em cárcere privado e ameaçá-la com uma faca, em uma casa na área rural da cidade.
Segundo informações do boletim de ocorrência, na tarde de ontem (4) a mulher teria entregado um bilhete para a atendente de uma viação de ônibus, na rodoviária. No papel estava um endereço.

A atendente encaminhou o bilhete para a Polícia Militar, que compareceu no local. Os policiais foram recebidos pelo morador, que é namorado da mulher. Atrás do homem, ela teria gesticulado pedindo socorro. Os vizinhos disseram aos policiais que ouviram o casal gritando. Para a PM, a mulher disse que era ameaçada com uma faca e que o namorado a obrigava a ter relações sexuais com ele, em cárcere privado.

Os dois foram encaminhados para a Central de Flagrantes. Lá, em entrevistas separadas, a mulher teria dito que morava em Cuiabá (MT) e que estava em Rio Preto para fazer um tratamento médico.

Ela também teria dito que encontrou o autônomo perto da rodoviária e que aceitou o convite de ir para a casa dele porque não tinha para onde ir, entrando em contradição, segundo o boletim de ocorrência.

Já o homem disse aos policiais que não mantinha a mulher em cárcere privado e que havia retirado ela da rua. Ele disse ainda que os dois se relacionavam normalmente como um casal e queria que ela ficasse mais tempo na casa dele e, por isso, foram juntos na rodoviária trocar a passagem de ônibus. Na ocasião, ela entregou o bilhete para a vendedora sem que ele percebesse.

Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Civil apreendeu o bilhete e uma faca. O delegado registrou o caso como ameaça porque encontrou contradições no depoimento da mulher, que disse que estava sendo mantida em cárcere privado desde o dia 24 de fevereiro, mas teria ido comprar a passagem de retorno para casa no dia 26, dois dias após dizer ter sido mantida em cárcere.

Ainda segundo o registro policial, o delegado considerou que a mulher teve outras oportunidades de sair de casa e que não havia nada de concreto que indicasse que ela estaria sendo impedida de sair.  Gazeta de Rio Preto