Também pesa contra a ré a acusação dela ter usado meios de tortura e abuso de autoridade contra o filho
O Tribunal do Júri de Votuporanga julga nesta sexta-feira, 6, a mulher acusada de matar o filho, de 5 anos, em Valentim Gentil. Stephania Cristina Oliveira Lima, 31 anos, está sendo julgada por homicídio triplamente qualificado – motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Também pesa contra a ré a acusação dela ter usado meios de tortura e abuso de autoridade contra o filho.
A sessão de julgamento começou às 10h na sala de audiência do Tribunal de Júri da comarca de Votuporanga. O juiz da 1ª Vara Criminal da cidade, Jorge Canil, preside o julgamento ao lado da acusação feita pelo promotor de Justiça Eduardo Martins Boiate e do advogado de defesa Yan Lívio Nascimento.
Além da ré, que veio da penitenciária de Tremembé, onde está detida desde o crime, outras dez testemunhas devem ser ouvidas durante a sessão. Em seguida o julgamento segue para os debates. Finalizando as explanações do Ministério Público e defesa, o juiz deve aplicar a pena e levar para votação do conselho de sentença formado por sete pessoas convocadas para atuar com jurados. A informação do Fórum é de que não há previsão para encerramento da sessão.
O CASO
Stephania Cristina trabalhava como monitora de creche em Valentim Gentil, cidade onde, segundo a polícia o crime ocorreu em 2018. A mulher foi presa no Hospital da Criança e Maternidade de Rio Preto, suspeita de ter causado a morte do filho, Diogo Lima Moraes, de 5 anos. A criança chegou a ficar internada e morreu devido a lesões na cabeça.
Ela foi atendida na tarde de um domingo, com machucado na cabeça no pronto-socorro de Valentim Gentil. Em depoimento à polícia, a mãe disse em um primeiro momento que o filho tinha se machucado após queda de bicicleta, mas vizinhos teriam dito que ouviram a mulher bater violentamente a cabeça do filho contra a parede de um dos cômodos da casa.
Devido ao agravamento do estado de saúde, a criança foi transferida de Valentim Gentil para a Santa Casa de Votuporanga, depois levada ao HCM. Depois da morte da criança, a equipe médica do HCM cumpriu o protocolo do Ministério da Saúde, que determina a comunicação à polícia da morte suspeita de criança.
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