Nesta segunda-feira (9), um dos indígenas mortos foi sepultado em Jenipapo dos Vieiras.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou nesta segunda-feira (9) o envio de tropas da Força Nacional para a região onde dois índios da etnia Guajajara morreram durante um atentado registrado no sábado (7) na BR-226, entre as aldeias Boa Vista e El Betel, no município de Jenipapo dos Vieiras, localizado a 506 km de São Luís.
A medida é válida para os próximos por 90 dias, de 10 de dezembro de 2019 a 8 de março de 2020, e pode ser prorrogada. Segundo a portaria do ministério, a ação é para garantir a integridade física e moral dos povos indígenas, dos servidores da Funai e dos não índios na região.
Entenda
- Grupo de indígenas guajajara foi atacado a tiros na BR-226. Dois morreram e dois ficaram feridos.
- Após o crime, os indígenas realizaram um protesto e bloquearam a BR-226.
- FUNAI acredita que índios morreram porque foram associados a assaltos na região.
- Polícia Federal e Polícia Civil iniciaram as investigações.
- Moro autoriza envio da Força Nacional para a região.
Sepultamentos
Nesta segunda-feira (9), corpo do cacique Firmino Silvino Guajajara foi sepultado na Terra Indígena Cana Brava, na região de Jenipapo dos Vieiras. A previsão é que o corpo do cacique Raimundo Bernice Guajajara, que também morreu no atentado, seja sepultado ainda nesta segunda.
Sob forte emoção, o sepultamento foi realizado com a presença de familiares e amigos do cacique da aldeia Severino.
Outros dois indígenas que ficaram feridos no atentado ainda continuam internados. Um dos índios foi submetido a uma cirurgia no Hospital Macrorregional de Presidente Dutra e encontra-se estável, mas seu estado de saúde é considerado grave, segundo boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES). O segundo índio que ficou ferido, Nelsi Guajajara, deve ter alta ainda nesta segunda.
Investigações
Um inquérito foi aberto pela Polícia Federal para investigar o caso. A Polícia Civil do Maranhão encaminhou um relatório à PF e também acompanha as investigações.
Um representante do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos deve realizar ainda nesta segunda (9) uma visita à Terra Indígena Cana Brava. De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), o crime pode ter relação com os contantes assaltos registrados no trecho da BR-226.
FONTE: Informações | G1