Sentença de pronúncia foi decretada nesta semana
A Justiça de Nova Granada decidiu que o desempregado Clayton Bueno de Souza, 39, deve ir a Júri Popular pela morte da companheira Edilamar Pires Miranda, cujo corpo foi enterrado no quarto da residência onde vivia o casal.
A sentença de pronúncia foi decretada nesta semana pelo juiz Gabriel Albieri, da Vara Única de Nova Granada.
Após análise de laudos técnicos, depoimento de testemunhas e interrogatório do réu, o magistrado concluiu que a conduta atribuída ao homem se enquadra como homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio. Ele ainda responderá por ocultação de cadáver.
Segundo informações do processo, Clayton e Edilamar mantinham relacionamento amoroso há apenas três meses. Vizinhos afirmam que a convivência entre os dois era conturbada, com muitas brigas.
Para o delegado Ericson Abufares, Clayton matou a companheira entre os dias 18 e 19 de agosto do ano passado, durante mais um desentendimento.
Após o crime, ele teria cavado um buraco no quarto, guardado a terra em sacos e baldes e colocado a mulher dentro da cova. O buraco foi selado com cimento.
O investigado continuou morando na casa e teria realizado uma festa enquanto familiares procuravam por Edilamar.
O homem fugiu e só foi encontrado em abril deste ano no município de Guapiaçu.
“O acusado não indicou qualquer álibi para confirmar a versão por ele sustentada. Bastava ao acusado indicar, como testemunha, alguma das pessoas com quem ele teve contato naqueles dias, mas isso não o fez, mesmo alegando, nesta solenidade, que, não tem nada a ver com o crime, e que não entrou na residência depois do dia em que trocaram o cadeado, escreveu o juiz para justificar a pronúncia.
A data do julgamento ainda não foi marcada.
Joseane Teixeira
joseane.teixeira@diariodaregiao.com.br