Profissionais de enfermagem de Votuporanga irão se reunir hoje, a partir das 11h, para uma manifestação pacífica em defesa do piso salarial. Os manifestantes irão se mobilizar e se reunirão nas proximidades da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e da Santa Casa para percorrer um trajeto pelas ruas da cidade até a Concha Acústica.
As novas faixas de remuneração tinham sido aprovadas pelo Congresso e sancionadas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), mas a lei foi suspensa pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), no último domingo (4).
Um dos organizadores do protesto, Sidney Araújo Magalhães conversou com a reportagem do A Cidade e esclareceu que enfermeiros, técnicos e auxiliares se reunirão sem cunho político.
“Já encaminhamos ofício para a companhia de trânsito como para a Polícia Militar. Tudo isso para protestar contra essa suspensão do piso nacional da enfermagem, sem nenhum cunho político e partidário”, disse ele.
O piso salarial se refere a uma remuneração mínima, que seria estipulada em R$ 4,7 mil para os enfermeiros e ela tinha entrado em vigor no dia 5 de agosto.
A suspensão prevista por Barroso é provisória [liminar] e foi concedida em uma ação, que foi movida pela CNSaúde (Confederação Nacional de Saúde). Ainda não há data para o agendamento do julgamento, o caso foi para análise do plenário virtual do STF para que a decisão seja confirmada ou não.
O magistrado alegou que existia o risco de piora na prestação do serviço de saúde, principalmente, em hospitais de atendimento público, em Santa Casas ou hospitais que atendem pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde).
A partir de agora estados, municípios, órgãos do governo federal, conselhos e entidades da área da saúde têm 60 dias para enviar ao STF dados detalhados sobre o impacto financeiro para os atendimentos e os riscos de demissões diante da implementação do piso.
Fernanda Cipriano/Jornal A Cidade Votuporanga
Estagiária sob supervisão
