qui, 16 de janeiro de 2025

Médico orienta sobre efeitos da baixa umidade do ar

Dr Joao Paulo Pedroso

Cirurgião torácico da Santa Casa, Dr. João Paulo de Lima Pedroso, deu dicas de cuidados para melhorar o bem-estar.

Rinite, asma, irritação nos olhos. O tempo seco pode provocar sintomas de diversas doenças. A baixa umidade do ar acende um sinal de emergência e exige cuidados especiais no inverno.

As consequências para o corpo são imediatas, principalmente para as vias respiratórias. O ar seco, somado à maior concentração de poluentes, prejudica o bom funcionamento dos pulmões. Dores de cabeça, garganta irritada, cansaço e até mesmo sangramento nasal são sintomas comuns. Infecções bacterianas também se tornam mais frequentes.

O cirurgião torácico da Santa Casa de Votuporanga, Dr. João Paulo de Lima Pedroso, destacou que a baixa umidade, juntamente com as queimadas, atinge mais as crianças e os idosos. “São públicos mais vulneráveis à desidratação e suas complicações”, contou. Entre os sinais mais graves, ele apontou a pele seca e sem elasticidade, a intensa diminuição da vontade de urinar e, em alguns casos, o cansaço, a sonolência e a confusão mental. Febre e falta de ar são ainda mais preocupantes e exigem visita imediata ao médico.

Ele ressaltou a necessidade de beber água. “O organismo humano está inserido em um meio ambiente que, por si só, é agressivo. O aparelho respiratório fica ressecado. Daí a importância da hidratação constante”, complementou.

Dr. João Paulo deu dicas sobre a ventilação dos lugares, especialmente em época de isolamento social. “Mantenha janelas abertas, espaços arejados. Algumas pessoas usam toalhas úmidas, baldes, bacias de água que podem ajudar a umidificar os ambientes”, frisou.

Como prevenir

É preciso tomar algumas atitudes para contribuir com a melhoria da qualidade de vida:

 – Tomar água com frequência é essencial, mesmo que você não sinta sede.

– No lanche, dê preferência a frutas com muito líquido, como melancia, melão e laranja.

– Deixar um umidificador ligado no ambiente ou uma bacia cheia de água contribui para amenizar os problemas gerados pela baixa umidade.

– Usar soro fisiológico para lavar as narinas e colírios para lubrificar os olhos minimizam os efeitos.

– Evitar atividades físicas no período das 11h às 16h, quando a umidade do ar atinge os níveis mais críticos.

– Não fumar em ambientes fechados, evitando a concentração de poluentes que podem agravar os sintomas do tempo seco.

– Usar produtos hidratantes por todo o corpo, principalmente depois do banho.

– Sempre que possível permanecer em locais protegidos do sol, mas evitar ambientes fechados, com ar-condicionado ou aglomeração de pessoas.