Mãe fala sobre trauma de meninas atacadas por pit bulls no interior de SP: ‘O que mais dói é o medo’

Caso aconteceu em São José do Rio Preto (SP) na quarta-feira (12). De acordo com a família, as crianças que foram atacadas pelo animais estão emocionalmente abaladas.

A mãe das três meninas que ficaram feridas após serem atacadas por dois cães na raça pit bull diz que teve medo de perder uma das filhas, a mais nova, que teve ferimentos graves. As vítimas de seis, nove e 15 anos, foram mordidas quando voltavam para casa, em São José do Rio Preto (SP).

O caso aconteceu no bairro Estância São Manuel na quarta-feira (12). Em entrevista à TV TEM, Franciele Cristina Storti, contou sobre a angustia e o desespero ao ver as feridas provocadas pelos cães no corpo da filha mais nova, a mais atingida: “Eu cheguei aqui em casa desesperada, só me passava na cabeça ter perdido ela. Porque a hora que eu vi ela (menina mais nova) cheia de terra, sangue, meu coração bateu uma sensação de culpa, de não estar na hora e conseguir proteger elas”, explicou.

Os cães estavam em uma chácara e teriam pulado a cerca no momento que as vítimas passavam pelo local. Segundo a família, não foi a primeira vez que isso aconteceu. De acordo com os moradores, a responsável pelos cães já tinha sido notificada em outras ocasiões sobre os riscos de ataques.

Franciele disse ainda que ficou revoltada com a situação. Segundo ela, as filhas estão muito assustadas e até mesmo dentro de casa temem por um novo ataque. “O que mais dói é o trauma que ela está passando, o medo que ela está sentindo. Ver minha filha gemer a noite inteira, não conseguir dormir, ter pesadelo é a pior sensação que tem. Ela pede até para fechar o portão, fala que está com medo do pit bull”, explicou Franciele.

Drama

As meninas foram surpreendidas pelos cachorros, quando saíam da chácara de um vizinho. Elas estavam caminhando pela rua, voltando para casa, quando foram atacadas.

Após conseguirem escapar pela cerca, os pit bulls morderam a mais nova, de seis anos. Depois, os alvos foram as mais velhas, de nove e 15 anos, que tentavam controlar a situação. Os animais só foram contidos após um motorista que passava pelo local jogar o carro contra eles.

À TV TEM uma das vítimas, Maria Eduarda Storti de Menezes, 9 anos, relatou os momentos de tensão. “Quando estávamos voltando, o pitbull atacou ela (irmã mais nova) e eu fui tentar ajudar, aí ele agarrou minha perna. Ela veio tentar ajudar a gente (irmã mais velha). Deu bastante medo de ele me morder, estava com medo de ele avançar em mim, fui batendo nele para ele soltar”, contou Maria Eduarda.

A criança explicou também que elas estavam brincando com um colega que pediu para que as irmãs o acompanhassem até a casa dele. Naquele momento foram surpreendidas:

“Estávamos aqui dentro, ele veio chamar a gente, já estava na hora de ele ir embora, todo dia ele fala que tem medo de ir embora sozinho. Dessa vez, fomos levar ele”, finalizou. As crianças ficaram feridas e precisaram de atendimento médico na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Talhado. Devido à gravidade dos ferimentos, a mais nova recebeu pontos na perna.

A família das vítimas fez um boletim de ocorrência. O caso foi registrado como lesão corporal no 3º Distrito Policial.

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