Prisão de mãe e padrasto foi prorrogada por mais 30 dias para aguardar a chegada do laudo definitivo da Polícia Científica de São Paulo.
A Justiça decidiu prorrogar por mais 30 dias a prisão temporária da mãe e do padrasto da bebê Mirella, de um ano, que deu entrada no pronto-socorro de Penápolis (SP) morta e com sinais de violência, no dia 14 de fevereiro.
O mandado de prisão temporária de 30 dias, expedido pela Justiça no dia 18 de fevereiro, termina nesta quinta-feira (17).
De acordo com a delegada da Delegacia da Defesa da Mulher (DDM) de Penápolis, Thaisa da Silva Borges, a prisão foi prorrogada por mais 30 dias para aguardar a chegada do laudo definitivo da Polícia Científica de São Paulo (SP).
Por enquanto, não há previsão de quando esse documento deve ficar pronto. O resultado do exame vai apontar se a criança foi realmente vítima de violência sexual.
O caso veio à tona quando a médica do pronto-socorro notou que a vítima apresentava rigidez cadavérica, marcas roxas pelo corpo e dilaceração do ânus, e decidiu acionar a Polícia Militar após notar as supostas marcas de violência física e sexual.
O resultado do laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a menina teve hemorragia interna aguda, trauma abdominal e laceração no fígado. A delegada acredita que a laceração no fígado da vítima foi provocada por um instrumento contundente.
“Poderia ser em virtude de agressões provocadas pelos próprios investigados. Eu acredito que seja isso”, diz.
Caso
A vítima deu entrada no pronto-socorro de Penápolis sem vida no último dia 14 de fevereiro. De acordo com o boletim de ocorrência, a criança chegou ao local com rigidez cadavérica, diversas marcas roxas e dilaceração do ânus, aparentando violência sexual.
Ainda conforme o registro, a mãe e o padrasto da criança foram questionados sobre o ocorrido. Ambos alegaram que colocaram a criança para dormir no dia 13 de fevereiro e perceberam que a menina estava morta somente na manhã do dia seguinte.
A médica responsável por receber a menina, que foi levada por uma ambulância do Corpo de Bombeiros ao hospital, acionou a Polícia Militar após notar os sinais e suspeitar da versão apresentada pela mãe.
O policial que atendeu a ocorrência conversou com o Conselho Tutelar e descobriu que havia diversas denúncias de maus-tratos envolvendo a vítima. A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Penápolis segue investigando o caso.
G1