Todos foram pegos à noite nas ruas ou deram endereço falso para a Justiça. Este é o resultado da primeira ronda com o aplicativo Projeto Vida
O juiz do Departamento de Execuções Criminais da 8ª Região Administrativa do Estado (Deecrim), Evandro Pelarin, mandou seis detentos de saidinha mais cedo de volta para as celas. Todos foram flagrados pela Polícia Militar, com ajuda de aplicativo de GPS, fora de casa à noite ou com endereço falso de residência, o que é considerado uma falta grave.
Este é o resultado da primeira ronda policial feita com o aplicativo Projeto Vida, elaborado em parceria entre a PM e a Justiça, que usa a geolocalização por satélite para vigiar os presos de saidinha por meio de GPS.
Os seis detentos fazem parte de uma lista de 1.965 presos que vão ficar 12 dias de liberdade provisória, entre 23 de dezembro e 3 de janeiro de 2022. Uma das condições impostas é ficar em casa entre às 18h e 6h. “São presos que não foram encontrados em suas casas à noite. Já suspendemos o regime semiaberto e decretamos a prisão. A própria PM pode prendê-los a qualquer momento, assim que receberem os mandados”, diz o magistrado.
“O preso tem direito à saída temporária. Mas a lei também prevê deveres. O preso tem que saber que não tem só direitos, mas muitos deveres”, afirma o juiz.
Há na mesa do magistrado os nomes de mais seis presos de saidinha, que também estão em situação irregular, segundo levantamento feito pelo comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar, coronel Paulo Sérgio Martins.
“Foram 12 casos irregulares. Teve situação em que o endereço fornecido era falso. O preso mentiu para entrar na lista da saidinha, o que é grave”, afirma o oficial.
Há possibilidade de emissão de mais seis mandados de prisão de detentos flagrados irregularmente. Após serem detidos, eles imediatamente perdem o direito ao regime semiaberto. Ao invés de retornar para o Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Rio Preto para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Rio Preto.
Marco Antonio dos Santos – diarioweb.com.br