“Ficou constatado que eles estavam preparando as porções de drogas variadas para abastecerem biqueiras da cidade”, afirmou o magistrado.
Na última quarta-feira (16), a Justiça de Araçatuba/SP condenou de uma só vez, um grupo de nove rapazes e uma sob acusação de associação e tráfico de drogas. Todos eles foram flagrados no preparo de porções de maconha, cocaína e crack para serem comercializadas na cidade, em uma área de lazer na avenida Arthur Ferreira da Costa, alugada para a prática do crime.
A condenação aos dez envolvidos foi imposta pelo juiz da 3ª Vara Criminal, Emerson Sumariva Júnior. Por se tratar de um crime grave, na avaliação do magistrado, todos os condenados, que já estão presos desde quando foram detidos, deverão continuar encarcerados com a definição das penas, que variam de 9 a 18 anos.
De acordo com a sentença, os condenados foram surpreendidos pela Polícia Militar preparando as porções de drogas, na tarde do dia 9 de novembro de 2017. No local onde a prática criminosa foi flagrada, foram localizados com os réus 181 invólucros contendo cocaína em forma de crack; 182 porções de maconha e 109 porções de cocaína em pó.
Também foram achados 11 pedaços de maconha e 6 pedaços de crack em formatos diversos, que ainda seriam divididos em porções menores. Os policiais militares também encontraram no local equipamentos que os condenados utilizavam para preparo e embalagem das drogas, sendo 4 balanças de precisão e 2 pratos brancos com resquícios de cocaína; 3 tesouras; 3 facas de cozinha; 17 rolos de papel plástico transparente e outros produtos.
Em um dos quartos do imóvel, os militares encontraram a quantia de R$ 368,00 e, em poder de um dos réus, mais R$ 126,00 em dinheiro obtido com a venda de entorpecentes. Com um dos envolvidos, que chegou a assumir a responsabilidade por toda droga apreendida, na tentativa de livrar os comparsas, ainda foi achada uma pistola Taurus, calibre 380, com nove cartuchos.
“- São todos jovens, inclusive a moça que foi pega em flagrante com o grupo”, disse o juiz Emerson Sumariva, à imprensa. “- Ficou constatado que eles estavam preparando as porções de drogas variadas para abastecerem biqueiras da cidade”.
Segundo o magistrado, as penas são variadas de acordo com a condição de cada pessoa detida e os agravantes imputados a cada uma, conforme denúncias do Ministério Público. “- A pessoa que levou a pena maior, de 18 anos, era o chefe do grupo. Mandava em todos que estavam no local, apesar de um dos rapazes ter assumido a responsabilidade”, explica.
Os condenados terão direito a recorrer de suas sentenças. No entanto, sem direito a liberdade. “- Todos eles estão presos e assim continuarão”, disse o juiz, que concluiu: “- O grupo e as testemunhas foram ouvidos em uma audiência que durou o dia todo, no mês de agosto. De lá para cá, cada parte teve prazo para apresentar suas contrarrazões, por isso conseguimos definir a sentença somente nesta quarta-feira”.