“Sem saber do falecimento, minha mãe disse que não aceitava perder a filha”, relatou familiar ao Diário
Está sendo realizado na manhã desta sexta-feira, 20, no cemitério São João Batista, o velório de Joyce Almeida de Sousa, 27, vítima de homicídio na quarta-feira, 18, e cujo corpo foi depositado em uma lixeira do bairro Boa Vista, em Rio Preto.
O crime gerou grande comoção na cidade, especialmente entre os amigos próximos da jovem.
A reportagem conversou por telefone com a tia de Joyce, Fátima Regina dos Anjos, que estava muito abalada com a perda da sobrinha.
“Ainda na quarta-feira conversei com a minha irmã (mãe da vítima), antes de sabermos do falecimento. Ela disse que não aceitava perder a filha. Se referia à Joyce estar morando na rua, mas parecia que pressentia o que tinha acontecido”, disse.
Segundo Fátima, a família tentava uma internação para a jovem, que era amorosa, mas Joyce tinha recaídas com a dependência química e ficava dias sem aparecer em casa.
“Mesmo com tantos problemas na vida dela, a Joyce era uma menina que não recusava ajuda pra ninguém, sempre tinha uma palavra de ânimo e esperança. O coração dela era bom”, conta.
Joyce deixa um filho de nove anos.
O sepultamento está marcado para 13h30.
Ora por mim
Após a divulgação da identidade da vítima, uma internauta relatou que conversou com Joyce no último sábado, 14, em um posto de combustível na região Norte de Rio Preto.
A mulher, que pediu para não ter o nome divulgado, disse que parou para abastecer e foi abordada por Joyce, que pediu ajuda em dinheiro.
“Perguntei da vida dela, ela me contou que tinha um filho e que estava lutando contra a dependência química, que estava há pouco tempo nas ruas. Pediu que eu colocasse ela nas minhas orações”.
A entrevistada disse que incentivou Joyce a ser firme no objetivo de se libertar das drogas e garantiu que rezaria por ela.
“Você é tão linda, mas não desfez de mim. Obrigada”, disse Joyce, grata pelos minutos de atenção.
Segundo a internauta, Joyce disse que estava grávida. A informação não foi confirmada pela polícia e é desconhecida pelos familiares.
Este é o segundo homicídio registrado no ano em Rio Preto. Até o momento, ninguém foi preso.
Joseane Teixeira – diarioweb.com.br