Acidente aconteceu na região central de São José do Rio Preto (SP). Polícia investiga se vítima de 59 anos passou mal ou desequilibrou ao limpar janela de cômodo.
A irmã da diarista Maria Augusta dos Santos, de 59 anos, que morreu ao cair do 9º andar de um prédio em São José do Rio Preto (SP), afirmou que a vítima trabalhava há 30 anos e tinha experiência em fazer limpeza em casas.
O acidente aconteceu por volta das 10h desta terça-feira (16), na Rua Voluntários de São Paulo, no Centro de São José do Rio Preto (SP).
“Não estamos acreditando. Minha irmã era experiente e não tinha nenhum problema de saúde. Ela trabalhava há 10 anos com a família dona do apartamento. Ninguém sabe o que realmente aconteceu”, diz Maria Aparecida dos Santos Torres.
De acordo com a Polícia Militar, a suspeita é que a vítima teria se desequilibrado enquanto limpava a janela do cômodo e caído.
“Eu estava trabalhando e minha outra irmã me ligou. Quando atendi, ela me disse que a Maria tinha caído de um prédio. Mas não sabíamos o que tinha ocorrido. Aí chegamos aqui e vimos”, afirma a irmã.
Maria também conta que a diarista faria aniversário em julho, mas fez uma festa antecipada para aproveitar a presença de uma prima delas que tinha vindo do Nordeste.
“O sonho dela era fazer essa festa para comemorar os 60 anos. Ela era uma pessoa maravilhosa. Ainda espero alguém dizer que é mentira”, relembra.
Investigação
Segundo o delegado Marcelo Parra, um inquérito será aberto para investigar as causas da morte da diarista.
“Nós viemos até o local junto com os peritos, onde constatamos que houve uma queda com morte. Necessariamente ela tem que ser apurada. Vamos descobrir se de fato foi um acidente, se ela passou mal e até mesmo o que ela poderia estar fazendo”, diz.
Ainda segundo o delegado, o dono do apartamento informou que foi ao mercado fazer compras, voltou, guardou as roupas que ela tinha passado e entrou no banheiro.
“Enquanto estava tomando banho, ele escutou o barulho, porque a janela do local é virada para o corredor onde a diarista caiu, e foi ver o que tinha acontecido”, afirma o delegado.
Assim que o morador viu o corpo de Maria Augusta, ele pediu socorro. O Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e Perícia Técnica da Polícia Civil foram acionados ao local.
“No cômodo onde o acidente aconteceu não foi encontrado nenhum pano ou produto que indicasse que ela estava limpando a janela, mas sabemos que ela passou rodo no chão”, afirma Marcelo Parra.
O trabalho da perícia durou cerca de uma hora e meia. Foram vistoriados o apartamento e o local onde o corpo caiu. A altura do imóvel tem aproximadamente 25 metros.
O corpo de Maria Aparecida dos Santos foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Rio Preto, onde exames periciais serão realizados para apurar as causas da morte. A vítima deixa duas filhas.