Na noite do dia 13 de agosto de 2024, a cidade de Iturama, no interior de Minas Gerais, foi abalada por um crime brutal. Por volta das 21h40, a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência no bairro São Miguel. Oronisia Maria da Costa, de 48 anos, havia reportado que estava sendo ameaçada por seu ex-namorado, que não aceitava o término do relacionamento de aproximadamente 12 meses, finalizado há 30 dias.

Ao receber a denúncia, a Polícia Militar imediatamente mobilizou o Tático Móvel e se dirigiu ao local. Quando os policiais chegaram à residência, ouviram um estampido alto, característico de um disparo de arma de fogo. Realizando um adentramento tático na casa, os policiais encontraram Oronisia caída no quintal dos fundos, com um grave ferimento na cabeça. O Corpo de Bombeiros foi rapidamente acionado, mas ao chegar constatou que a vítima já estava em óbito.

O suspeito, identificado como sendo um homem de 35 anos, fugiu pelos fundos da residência após efetuar o disparo. A Polícia Militar então montou um cerco ao quarteirão, contando com o apoio do Policiamento Rodoviário Estadual e a utilização de drones para localizar o autor do crime. Após intensas diligências, o homem foi encontrado escondido atrás de um muro, embaixo de uma pia, na posse de um revólver calibre .32, com duas munições picotadas, que não haviam sido deflagradas.

Durante a abordagem, o suspeito confessou ter efetuado os disparos contra a ex-companheira, confirmando a autoria do crime. Ele foi preso em flagrante por homicídio qualificado pelo feminicídio, e teve seus direitos constitucionais assegurados antes de ser conduzido para exame de corpo de delito e posteriormente encaminhado à delegacia de Polícia Civil para as providências legais.

A Perícia Técnica foi acionada e realizou os trabalhos no local, confirmando um disparo de arma de fogo na altura da sobrancelha direita da vítima. Nenhuma cápsula deflagrada foi encontrada na cena do crime, reforçando a brutalidade do ato.

Investigações preliminares indicam que Oronisia já vinha sofrendo ameaças constantes do ex-companheiro, mas não havia registrado denúncias formais contra ele. A Polícia Militar aproveitou a ocasião para reiterar a importância de denunciar qualquer forma de violência doméstica, especialmente contra mulheres, por meio dos números 181 e 190 em casos de emergência, para que tragédias como essa possam ser evitadas.