qui, 16 de janeiro de 2025

Idosa perde R$ 55,4 mil em golpe do falso funcionário em Rio Preto

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Febraban lista seis tipos de golpes mais aplicados por estelionatários

 

Cada vez mais comum em Rio Preto, o golpe envolvendo falso funcionário de uma agência bancária ou até mesmo de outras formas, além de resultar em dor de cabeça para as vítimas, geram prejuízos financeiros que muitas vezes são altos demais. Exemplo disso foi o que aconteceu com uma idosa de 69 anos, vítima de estelionato nesta semana. Ela caiu no golpe da falsa funcionária da agência e perdeu R$ 55,4 mil.

De acordo com as informações do boletim de ocorrência, a idosa recebeu a ligação de uma mulher que se passou por funcionária do banco da vítima na terça-feira, 27. A estelionatária afirmou que a vítima havia recebido um cartão de débito/poupança e seria necessário ir até um caixa eletrônico para efetuar o desbloqueio.

A idosa foi até o caixa, inseriu o cartão e digitou a senha, como foi pedido pela suposta funcionária. Durante a noite, a filha, que cuida da conta bancária da mãe, pesquisou o saldo e viu que algumas transações tinham sido feitas.

Na quarta-feira, 28, as duas foram até a agência do banco e ficou constatado que duas transferências foram feitas, uma no valor de R$ 25,5 mil e a outra de R$ 29,9 mil. Elas procuraram a polícia para registrar o caso, que será investigado pelo 2° Distrito Policial.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ressalta que existem seis principais golpes aplicados por estelionatários: o golpe do falso funcionário do banco; phishing, que são aquelas mensagens e e-mails falsos que induzem o usuário a clicar em links suspeitos; golpe do falso motoboy, em que o cliente recebe uma ligação informando que o cartão teria sido clonado e, para cancelar, teria que entregá-lo ao motoboy que passa na casa do usuário; golpe do falso leilão, em que a vítima também é induzida a clicar em link falso; golpe do WhatsApp, em que os criminosos descobrem o número do celular e o nome da vítima para clonar a conta.

E, por fim, o golpe do extravio do cartão, em que no trâmite de entrega do cartão até a vítima, fraudadores furtam a correspondência contendo este cartão. Depois, ligam para a vítima se passando por um funcionário do respectivo banco informando que houve problemas na entrega do cartão. Para resolver esse suposto problema, solicitam à vítima a senha deste cartão. Com os dados descobertos, fazem transações em nome da vítima.

Em todos esses golpes os estelionatários utilizam da engenharia social, que é a manipulação psicológica que a vítima sofre para que forneça as informações pessoais, como senhas e números de cartões. Segundo a Febraban, 70% das fraudes estão vinculadas à engenharia social.

Para evitar cair nesses tipos de golpes, a Federação alerta que o banco nunca liga para o cliente pedindo senha nem número do cartão. E, quando receber qualquer link, o indicado é não clicar e sim digitar o endereço no navegador.

Já quando o cliente cai em algum desses golpes, a orientação é fazer um boletim de ocorrência e notificar o banco o quanto antes. Em relação ao ressarcimento, a Febraban ressalta que “cada instituição financeira tem sua própria política de análise e ressarcimento, que é baseada em análises aprofundadas e individuais, considerando as evidências apresentadas pelos clientes e informações das transações realizadas”, finaliza.

Luna Kfouri – diarioweb.com.br