Um rio-pretense de 44 anos acabou assassinado após tentar ajudar uma mulher, que estava sendo perseguida pelo ex-companheiro no bairro Solo Sagrado, em Rio Preto. De acordo com informações do boletim de ocorrência registrado neste sábado (8), os fatos ocorreram por volta de 16h em um bar.
Policiais militares relataram na Central de Flagrantes que foram acionados devido inicialmente a uma tentativa de homicídio e que a vítima Adriano José Tasso havia dado entrada na UPA Norte, recebendo transferência mais tarde para a Santa Casa de Misericórdia. Já no hospital, onde foram tentar colher os dados pessoais, foram informados que o homem não conseguiu sobreviver devido aos ferimentos graves, realizados por arma branca.
Ainda de acordo com os agentes, o local do crime estava prejudicado, não existindo campo para a perícia. A equipe de Homicídios da Deic foi informada sobre o caso e iniciou as investigações. Eles conseguiram contato com a testemunha, 35 anos. Ela relatou que “por um período de dois meses conviveu em união estável com o suspeito, mas estão separados e ele não aceita a situação. Ela foi ao supermercado e quando voltava, percebeu que ele a seguia. Se armou com um pedaço de madeira para se proteger”.
Seguiu o depoimento dizendo que “ao virar uma esquina, viu que alguns homens estavam na rua, próximo a um bar. Um deles, que conhece apenas de vista, se aproximou e afirmou ‘que ele não ia mais lhe agredir’. Ao ver que o ex ia brigar com este homem, saiu rapidamente dali e entrou no bar. O ex veio na direção dela com uma faca na mão. Disse para ela ‘segurar a faca’, mas se recusou. Nesse momento, o dono do bar mandou que ele ‘parasse, que não queria briga ali no estabelecimento’. Depois disso, viu o homem que tentou a defender entrando em um carro, todo ensanguentado, enquanto que o ex saiu correndo de lá, não sabendo para onde”.
Por fim, “foi para onde mora e não viu o ex-companheiro mais. Depois disso, militares estiveram na casa dela e a levaram para prestar depoimento na delegacia. Não chegou a ver o que ocorreu exatamente entre o ex e o homem que tentou defendê-la. Tomou conhecimento somente mais tarde que este defensor acabou morrendo devido as agressões que sofreu”.
Os documentos terminaram encaminhados para o distrito policial correspondente a área dos fatos. O caso, conforme mencionado, já é investigado pela Polícia Civil. Até o encerramento da apresentação da ocorrência na delegacia, não havia pistas do suspeito.