O delegado João Lafayette Sanches Fernandes, titular do primeiro Distrito Policial de Rio Preto, em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (14) explicou como está a situação do investigado pela morte do advogado Celso Wanzo de 58 anos no último sábado (12).
Segundo o delegado, “ não está descartada a hipótese de investigarmos um dolo eventual, ou seja, um crime doloso (aquele que tem intenção de matar). Até que conste, a vítima não conseguiu se defender da agressão. Foi pega de surpresa. O autor deveria ter essa consciência. Talvez não quisesse causar morte, mas sua ação poderia levar uma pessoa a morte”.
Também será investigado se há outros motivos para que ocorresse a agressão e não só o jogo de futebol dito inicialmente, visto que o agressor é síndico no condomínio. “O autor teria chegado à residência que fica no mesmo condomínio. Teria ofendido a vítima que estava na sacada do quinto andar, ofendendo com várias palavras e pedindo que a vítima descesse pois queria ter uma conversa. Estamos atrás de imagens pois o crime aconteceu em frente ao condomínio onde Celso morava”, disse o delegado.
Celso foi orientado por testemunhas para não descer, mas decidiu que desceria apenas para conversar. Ele foi agredido com um soco e ficou desfalecido. Ele foi socorrido ao Hospital de Base de Rio Preto, mas não resistiu.
O suspeito, que se entregou à polícia na noite de ontem (13), após ter a prisão preventiva decretada pela juíza Gláucia Véspoli dos Santos Ramos de Oliveira, ficou calado. Ele deve ser ouvido ainda hoje pela polícia.
Um laudo necroscópico dirá se a vítima morreu com o impacto do soco ou quando bateu a cabeça no chão.
O delegado disse que será feita uma reconstituição do caso o mais breve possível e que a pena pode chegar a até 20 anos de prisão.
Gazeta de Rio Preto