Ministério Público classificou a ocorrência como homicídio e tentativa de homicídio, ambos qualificados; ciclista de 33 anos morreu e marido dela ficou gravemente ferido
O Ministério Público denunciou o servidor público Guilherme Augusto dos Reis Jordão por cinco crimes relacionados ao atropelamento do casal de ciclistas Naitielle de Paula Pantano e Júlio Cesar Braguini Fernandes, ambos de 33 anos, ocorrido no dia 10 deste mês em estrada rural de Bálsamo. Naitielle morreu e Júlio Cesar ficou gravemente ferido.
O promotor Hérico William Alves Destéfani teve entendimento diferente do delegado João Otávio Spaca, que classificou o acidente como homicídio, no caso de Naitielle, e lesão corporal grave quanto ao marido dela, que sobreviveu.
Para o representante do Ministério Público, trata-se de homicídio e tentativa de homicídio, ambos qualificados por recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.
Além dos três crimes de trânsito apontados pelo delegado (fuga do local de acidente, embriaguez ao volante e dirigir sem carteira de habilitação), Destéfani incluiu na denúncia a omissão de socorro, previsto no artigo 304 do Código de Trânsito.
“Consta que o crime foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima (Naitielle), pois surpreendida de maneira inesperada pelo veículo, sem que houvesse tempo para o desvio. Guilherme assumiu o risco de matar Júlio César, provocando-lhe ferimentos os quais não foram a causa de sua morte por circunstâncias alheias à vontade do motorista”, consta em trecho do documento.
Considerando todos os termos da denúncia, Jordão poderia ser condenado a pena máxima no Brasil, que hoje é de 40 anos de prisão.
O caso segue agora para análise do juiz, que decidirá se acata a denúncia ou arquiva o processo.
Guilherme está preso preventivamente no Centro de Detenção Provisória de Rio Preto. Joseane Teixeira – diarioweb.com.br
