Júri do caso, que aconteceu em 2017, foi realizado nesta terça-feira (11) no fórum de São José do Rio Preto/SP. Advogado de defesa diz que vai recorrer da sentença.
Nesta terça-feira (11), o réu Francisco Lopes Ferreira, de 65 anos, foi condenado a 36 anos de prisão pela morte da missionária Simone Facini Lopes, de 31 anos. O júri popular terminou no fim da tarde, no fórum de São José do Rio Preto/SP.
Francisco foi acusado pelo Ministério Público de acorrentar Simone na cama e matar a marretadas. O julgamento durou cerca de quatro horas e lotou a sala do júri. A juíza Gláucia Vespoli o condenou a 27 anos de prisão pelo homicídio e mais nove anos de prisão pela incidência do estupro.
O promotor Marco Antônio Lelis Moreira se diz satisfeito com a sentença dada e não pretende recorrer. “Estou satisfeitíssimo com o resultado alcançado, consegui convencer os jurados, todas as qualificadoras foram acolhidas, a pena foi dentro da expectativa”, afirmou após o julgamento.
O corpo de Simone foi encontrado seminu no dia 12 de março de 2017, em uma chácara, onde o acusado morava. Francisco foi preso oito dias depois, escondido em uma área de mata, atrás de uma empresa no bairro Gonzaga de Campos. Ele permanecia cumprindo pena desde a época do homicídio.
De acordo com a Polícia Civil, após cumprir pena por crimes sexuais cometidos em outras cidades, Francisco se mudou para Rio Preto e passou a frequentar a igreja evangélica da vítima.
Simone começou a visitar o acusado para alfabetizá-lo por meio da bíblia, mas Francisco acabou se apaixonando por ela. A polícia encontrou uma foto da vítima em que o acusado escreveu que a amava.
Simone no começo fazia as visitas acompanhadas de outras pessoas da igreja, mas depois começou a ir sozinha. Amigos e familiares falavam para ela parar de ir até a casa do suspeito, mas ela continuava. Mas depois de um tempo, ela desistiu de ir e contou para Francisco.
Ainda segundo o inquérito, desesperado pelo fato de a jovem ir embora e não retornar mais, Francisco a bateu com uma marreta, a amarrou na cama, a enforcou e ainda tirou a roupa dela. Depois de ser preso, Francisco confessou para os policiais que matou a mulher.
FONTE: Reprodução | Renato Pavarino/G1